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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Quão a Lagarta


Quão a Lagarta

O amor sempre irá perseverar... 
Onde houver verdade
Como chuva caindo sem querer... 
Molhando com a mais bela intenção
Regando e fazendo vida
Revigorando a criação.

O amor acontece...
Sendo o ser autônomo
Como a lagarta que se torna borboleta
A beleza de dentro para fora
Aflorando na certeza de sua sensatez.

André Anlub

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Flecha Estimada


Flecha Estimada

A flecha sai sem perigo
Mas atinge certeira o peito
Faz da idolatria o seu jeito
Não há escudo ou abrigo.

Empíreo foi miragem da vida
Largando as inúteis tristezas
Erguendo o amor, realeza
Tem-se ausência da ferida.

Com rugas da concupiscência
Transforma a paixão em excelência
O calor mais ameno agora.

Consorte na alma e espírito
Sussurro que se trocou pelo grito
Velando o amor que aflora.

André Anlub


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Vivendo sem fé num país cada vez mais evangélico


Texto: Joseclei Nunes (Razão e Cultura)

Até pouco tempo atrás em meu facebook, postei uma imagem dizendo que sou feliz sem Deus. Esses tipos comentários, como essa imagem, fez eu perder alguns amigos pessoais. Mas será que num país democrático como o Brasil, não se pode viver sem Deus?

Segundo as pesquisas, o Brasil em 2020, será basicamente a maior religião do país, mas será que isso é bom ou ruim?

O mundo hoje passa por certas tuburlências, onde estão assuntos polêmicos como aborto, homossexualismo, eutanásia e legalização das drogas. Tirando o homossexualismo, os outros temas acabam sendo questão de saúde pública e de violência, mas na visão deles não é de Deus e nada pode ser permitido.

Com isso e com o crescimento de uma bancada, onde foram titulados com o nome evangélicos, eles criam leis em defesa de sua fé e vetam as que são contrarias, mesmo que o Brasil seja laico, muitos lideres acabam pensando antes no eleitorado evangélico, antes de criar ou fazer algo, os que se opõe a eles, acabem sendo hostilizados, enfim demonizados.

Então a cada dia, fica difícil viver sem fé no meio de tanto deles, pois o país em toda sua história, sempre teve certa liberdade religiosa, mas isso vem mudando, pois cidades como São Gonçalo, templos de origens do candomblé e umbanda estão sendo fechados porque o prefeito seria evangélico, bibliotecas são punidas por não terem um exemplar da bíblia e alunos e professores são discrimados em suas escolas por suas crenças.

A ultima agora, foi intitulada como "PEC da teocracia" do deputado e então pastor e tucano João Campos, dando as instituições religiosas o poder de decidir se as leis são constitucionais ou não. Imagina isso sendo aprovado aqui no país?

Um exemplo são os países islâmicos, onde são punidos aqueles que são homossexuais, adúlteros e tudo da base do livro sagrado deles que é o Alcorão. Aqui no Brasil, o movimento pentecostal parece querer fazer a mesma coisa, mais usando a bíblia como sua fonte e encontrando sempre brechas da constituição para vetar leis como o casamento igualitário.

Mas mudando o foco de leis, temos as pessoas comuns, que muitos, acabam se tornando gados desses lideres, onde participam de manifestações que inclui ataques a políticos que defende a causa GLBT e a legalização da maconha. Essas pessoas comuns em dia descriminam aqueles que acreditam em vários deuses ou até mesmo em nenhum e isso parece só tem de aumentar.

Um dia desses também estava lendo na fila do banco o livro do José Saramago – Caim, uma senhora olhou o titulo e na hora tirou um daqueles papelzinho para me entregar, mas será que eles respeitam nossa liberdade? Como outra vez um jovem veio me abortar falando que preciso de Jesus, eu falei que não preciso, então ele começou a rogar pragas, falando que um dia eu ia cair de joelhos pedindo perdão a Deus. Imagina isso quando eles forem a maioria segundo o IBGE.

Além disso, perdir amigos pessoais por não querer opinar da mesma crença que eles e como um pesquisador e gostar de ler desses temas (mesmo sabendo pouco), gosto de expor as minhas opiniões e isso acabar gerando um mal estar entre eu e essas tais amizades, como uma vez que veio até meu Orkut querendo me dar sermão, como não sou de aceitar desaforos, respondi e depois lá se foi mais uma grande amizade.

Mas Jesus dizia: amai-vos uns aos outros e não é basicamente isso que encontramos no seu dia a dia. Pois em todo Brasil, se encontra propagandas em sites, camisas, outdoors onde se você não seguir a mesma fé que eles, você esta endemoniado, te mandam para o inferno, fazem de tudo para que você seja o pior, só pelo simples fato de não ser evangélico.

A cada dia eu me preocupo, quando sofro uma agressão verbal, quando assisto pela TV alguém sendo discriminado só por ser espírita, ateu, da religião-afro e entre outras. O movimento evangélico deixou de ser a tal religião do amor e passou a ser a religião do ódio, da ganância, do poder, da ignorância, onde a todo custo vão querer te converter para num futuro fazer do Brasil uma teocracia e depois fazer o país de volta a idade média implantar de vez, uma inquisição protestante.

Mas será que é disso que precisamos? Hoje podemos mostrar que pode ser digno sem fé, sem Deus e as pessoas que supostamente eram para acreditar em Deus, de base não é assim.

Muitos hoje tentam “sair do armário” falando que é ateu, que é umbandista, mas ainda sofre repressão. As pessoas ainda olham diferente em ambientes de trabalho, de escola. As Igrejas a cada dia impõem suas doutrinas, suas regras. Usam a bíblia, às vezes de forma incorreta para pregar o tal evangelho de Jesus. Muitos também acabam se afastando da religião e acabam sendo pré-julgados como possuído pelo demônio, como ímpio, afastado, mesmo que saia de forma sensata e sábia.

Esse pode ser o nosso futuro, a cada pesquisa, cresce o numero de evangélicos pentecostais e as polemicas tendem a crescer também, agora só basta saber como vamos viver sem fé num país cada vez mais evangélico. Pense nisso...

terça-feira, 29 de novembro de 2011

INSÔNIA


INSÔNIA

A quanto tempo não me visitas

oh! triste mal das meia-noites...
quando chegas traz reflexões
aumenta todas as pulsões
e segue num ritmo acelerado
até que o véu do sono venha
adentre nas confusões 

labirintais de meus anseios

persiga os mais vis pensamentos
e por fim, enfadados caiam
na penumbra restante do alvorecer
acalantado pelo doce cair dos cílios...
eis que o alarme toca
 anunciando um novo dia.

Patrícia Marciano 

domingo, 27 de novembro de 2011

O Trem Da Vida


O Trem Da Vida

A viagem prometia nunca mais ter retorno
Na verdade parecia ser eterna
No trem da sua vida...
Esse comboio que nunca esquecerei.

Abrace-me igual aquele dia
A nossa primeira vez
Beijei-lhe naquela ponte
Deixei-lhe naquele trem.

No vagão da minha vida
Estação da minha emoção
Partiu sem despedida
Sem ouvir sequer um sim ou não.

Por entre verdes vales, montanhas
Eu posso enxergar com seus olhos
O voo dos pássaros nos lagos
O branco dos campos de algodão.

Sinto também o cheiro das flores
O perfume natural de você
Do mundo todos os odores
Que me faziam feliz em lhe ter.

De repente vejo seu braço estendido
E um bilhete na palma de sua mão
É a passagem para o trem que retorna
Vem de volta para o meu coração.

André Anlub

sábado, 26 de novembro de 2011

Riograndência


Riograndência

Tenho na minha essência
aquele sabor amargo
de chão quente e solidário

Meu amor é um relicário
que guarda a marca que trago
emblemas da minha querência

Sou cativo de uma riograndência
a vida velhaca me fez esse afago
e achei por demais voluntário

Minha lida é o cultivo diário
de manter um campo vago
para a minha permanência.

Wasil Sacharuk

CLIO & ORPHEU


CLIO & ORPHEU

À Marina Maluf

Ele murmurou d’um sono crepuscular:
- “Adonde vais pelos confins do Esquecimento,
A erigir cinzas, ruínas do Firmamento,
Sem que possa em vós a Dor infinda calar?”

Ela retrucou d’um furioso devorar:
- “Venho dos turbilhões, dos sonhos e dos ventos,
Das lembranças, dos rumores que outrora o tempo
Ecoou pelos cantos do silenciar”.

E num bardo, eles rumaram ao horizonte,
Amaram-se nas águas do triste Aqueronte,
Sabendo então que a Noite é fria e tumular.

Pobres argonautas nas vagas do Mistério...
Níveos vapores nas brumas d’um cemitério
Seguem doravante no brilho do luar.

* PASSOS, Gleudson. “Clio & Orpheu” IN: Melancholia – Fortaleza: Casa de José de Alencar-UFC/Edições Academia da Incerteza, 1999.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

(Falho - Poesia)

Falho

Falho se tentar ser coerente
Se o real sentimento vem à tona
Quebra qualquer elo de corrente
Fagulha que se transforma em vulcão.

Falho se falsificar emoção
Escrito nas estrelas e na testa
Falácia que grita sem noção
A verdade é sempre o que resta.

Falho se não doar meu total afago
Cito as mentes balzaquianas
Tendo experimentado o amargo
São novas “Amélias e Joanas”.

Falho se achar que nunca falho
Pois sou de carne e de osso
Emoção acima do pescoço
Coração aberto com talho.

André Anlub

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

SENSÍVEL


SENSÍVEL

De repente encontro-me só e vazia

mas também muito cheia dessa multidão
que a tudo questiona e espia
e quase sem querer modifica minha emoção

Sou sensível.
Insensata?
Invisível!

Não sei o que dizer ou fazer
estou quase pedindo perdão
por um erro que ninguém me viu cometer
vejam que decepção...

Sou sensível.

Insensata?
Invisível!

Pois na reviravolta de meus pensamentos
essa afirmação é antes uma negação
sobretudo no confinamento
progressivo de meu coração

Sou sensível...

Patrícia Marciano

CRIANDO UM NOVO MUNDO

Essa noite passada
A hora não me recordo bem
Sei que estava dormindo
Com um cansaço do além
Uma voz dizia - Quero sua ajuda!
Acorde logo, vem !

De um pulo saquei da cama
Na parede me esbarrei
Tamanho foi o susto
Que assim eu tomei
Um homem com um manto
Foi o que eu avistei!

Me disse que era Jesus
De minha ajuda estava precisando
Ia criar um novo mundo
Ideias novas estava anotando
E sabia que de uma certa poetinha
Dicas teria sobrando

Me disse : eu sou Jesus
Um novo mundo vou criar
Vais ficar ai dormindo,
Ou vais querer me ajudar?
Na mesma hora respondi:
Claro Jesus, comigo pode contar!

Pedi a ele um tempo
Para do susto me recuperar
Afinal não é todo dia
Que Jesus eu iria avistar
Ali no meu quarto materializado
Numa visita particular

Depois de uns dez minutos
O fôlego fui recuperando
Olhei para Ele e perguntei
Me diz o que estás planejando,
O que tens em mente
Para o mundo que estás criando?

Se pretendes criar novo mundo,
Com esse vais acabar?
Como pretendes fazer isso,
Vais novamente tudo inundar?
Ou vais tocar fogo,
Para assim tudo evaporar?

Jesus sentado me olhando
Me disse : não é nada do que falou
Não quero acabar esse mundo
Pois é obra de meu Pai, o Criador
Quero um segundo andar
Porém sem elevador

Vou criar um novo mundo
Repleto de animais
Muitas árvores, muito verde
Com bastante vegetais
Vai ser um mundo lindo
Onde reinará somente a paz!

A inveja não vai entrar
Ódio, discórdia também não
Nem preguiça, nem tristeza
Nem mentira e ingratidão
Lá só vive quem é digno
E tiver bom coração

Jesus, se já sabes tudo
Que nesse mundo irá criar
Me diga por qual motivo
Que veio aqui me visitar?
Sou uma simples serva
Não sei no que posso ajudar

Minha cara poetinha
Preciso de detalhes pro final
Por isso vim aqui
Neste ato celestial
Me diga o que tem em mente
Para o novo mundo, afinal?

Seria bom se os rios
Nunca pudessem sujar
Os pássaros não fossem presos
Vivessem livres a voar
Que o homem não destruísse
O mundo novo que está prestes a habitar

Porém lhe digo Jesus
Se no seu mundo um homem colocar
Logo, logo ele com tudo
Estará a acabar
Achando que é o dono do mundo
Que em tudo pode mandar

Vai poluir os rios
Sem dó nem piedade
Vai derrubar árvores
Para construir cidades
Matando animais sem ter fome
Somente por crueldade

A culpa desse mundo atual
Estar na derrota que está
É somente do ser humano
Que não sabe respeitar
Tudo o que é maravilhoso
Que Deus fez para gente morar

Deus criou o mundo
Em tudo pôs perfeição
Fez animais para o ar
Para água e para o chão
Em tudo pôs sabedoria
Nessa sua imensa criação

Porém meu caro Jesus
Algumas coisas poderia se melhorar
Em seu novo mundo
Tente aperfeiçoar
O coração do homem
Ponha mais dose do AMAR

Lhe tire o desejo de posse
De ganância e ambição
Faça com que ele dê valor
A cada pedaço de chão
Lhe ensine a cuidar do mundo
Sem ódio no coração

Aos animais dê mais tempo
Para na vida existir
Dê menos bico ao tucano
Mais velocidade ao jabuti
Do tubarão tire alguns dentes
Menos velocidade ao colibri

Ao urubu dê outras cores
Lhe tire esse preto cruel
Pois já lhe é humilhante
O seu triste papel
De comer restos mortais
Que encontra jogados ao léu

Tire a lágrima do crocodilo
O amargo do limão
O cheiro forte da tangerina
O esquecimento do ancião
E da girafa,
Diminua seu pescoção

Do elefante diminua a tromba
Do flamingo engrosse as canelas
Faça os leões vegetarianos
Poupando assim a vida das gazelas
Aos coelhos menos orelhas
Nas tartarugas ponha velocidade nelas

Faça a cobra sem veneno
A abelha sem ferrão
O gambá sem catinga
Da onça tire aquele estampão
Da centopeia bote só dois pés
Pra andar não precisa daquele montão

O camaleão, pobre ser,
Foi feito todo desengonçado
A começar pelos olhos
Gira um pra cada lado
Sem falar que sua cor
Depende de onde estiver agarrado

Faça o sapo mais bonito
Ponha menos sal no mar
Assim não vão arder os olhos
De quem lá for mergulhar
A aranha dê mais amor
Para seu parceiro não matar

E dessa forma eu fui dizendo
O que eu queria mudar
No novo mundo de Jesus
Que Ele iria criar
Foi quando me dei conta
De que ele estava a gargalhar

Olhei para sua face
E logo Lhe perguntei
Qual o motivo da graça
O que foi que falei
Você pediu minhas ideias
E foi isso que ditei

Jesus colocou a mão em meu ombro
Me levando para outro canto
Olhou pra mim de um jeito
Com um olhar de espanto
Me disse: sabia que tinha imaginação
Só não pensei que fosse tanto

Me disse assim Jesus:
Não quero mais seu tempo tomar
Obrigado pelas ideias
Volte a se deitar
Obrigado pelas dicas
Muita coisa eu vou usar

E dessa forma foi o encontro
Num momento de muita fé
Que veio ao meu quarto
Jesus de Nazaré
E aqui eu descrevi
Acredite quem quiser

Crys Nunes

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

(O Meu Tom - Poema)



O Meu Tom

Pegando as sucatas das poesias criei essa
Larguei a moderação e o respeito
E com despeito, no bolso guardo minhas mãos.

Joguei meus restos nesse papel nada higiênico
Tudo para expor o que há do nada... Somado ao vazio que sinto.

Minha má trajetória não é um mito
É por vez uma solitária que se alimenta... Do pouco que me faz bem
Tornando meu tormento um pesadelo infinito
Um parasita que no meu corpo habita nesse momento nada zen

Da tristeza que há, mesmo que no fundo, em qualquer sentimento bom
Passado para o papel de um modo íntimo
Em letras pretas, tortas e falhas
Que almejam transparecer o meu tom.

André Anlub

domingo, 13 de novembro de 2011

(Me vi pela Vida - Poema)



(Me vi pela Vida - Poema)

Sai do ostracismo
Marasmo jamais
Abri a janela!
Larguei a bebida, peguei minha magrela... Sai para a vida.

Chamei de “tesão” a donzela!

Curtindo meu tempo, pois o mesmo é curto.
Um absurdo, com tudo no mundo e tudo voa ao vento

E o contentamento?

Larguei a tristeza, cuspi na grandeza com delicadeza
Senti a brisa no rosto, me vi pela vida.

Não sou mais esboço!

Mostrei o dedo pro desgosto... Com muito gosto
Cicatrizaram feridas.
Pude retornar feliz, com a incumbência resolvida
Viram-me pela vida, como eu sempre a quis.

André Anlub

sábado, 5 de novembro de 2011

A Existência é Um Gerúndio Mecanicista


A Existência é Um Gerúndio Mecanicista

Preciso entender o que ocorre em minha mente, e para tal, granjeio oportunidades tantas possíveis para que o intelecto se expresse e esgote seus argumentos. Dedico então, significativos instantes a meditar e observar, de onde procedem e para onde vão as minhas atitudes e pensamentos. A mira é um pleno controle mental, total domínio sobre a dinâmica, sobre meus anseios e reações. 

Almejo refletir mais e melhor, pois não pretendo continuar a ser passivamente "pensando" pelos meus padrões pré-concebidos. 

O cotidiano que me envolve perdeu seu curso sereno. Transformações evidenciam-se sem parar, numa velocidade alucinante, entretanto, minhas dispendiosas tentativas não conseguem manter-me alheio. As velhas soluções, às quais outrora recorria sem hesitação, hoje justificam os rótulos de obsoletas e ineficazes. 

A mente é apenas uma porção da complexidade que me compõe, porém quando sou por ela dominado, revelo-me uma grande indústria de intensa confusão e insistentes resoluções esclerosadas. 

Para que eu alcance níveis mais satisfatórios de equilíbrio e harmonia, preciso interromper a difusão da mente pelos domínios do meu coração. Pascal disse que "o coração tem razões que a razão desconhece". Suponho que o objetivo do coração é iluminar o amor e a dor, para que a mente enxergue e eu possa expressar minha verdadeira e integrada natureza. 

No exato e certo instante em que eu desistir de vasculhar quinquilharias e compreender que os condicionamentos são produtos forjados na confusão mental, o coração liberta-se-à para buscar o insight. 

Dúvidas, medo, negações e críticas são as paredes que bloqueiam o acesso ao coração. Investidas brutais contra tão duras e resistentes paredes são as causas de todo o sofrimento. Contudo, se aceitá-lo com compaixão, poderei dissolvê-lo na amplitude de novos paradigmas. Tudo, então, flutuará na amorosidade latente na essência do existir. 

Estará, então, para mim desvendado o legado cartesiano.

Wasil Sacharuk

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Imponência



















Imponência

De uma forma deveras palpável
A grafia renasce no arcabouço
Vindo de uma sensação mutável
Tornando-se finalizada ante o esboço.

As letras jamais envelhecidas
Amareladas com rigidez perene
Órfãs sem jamais terem nascidas
Lapidadas pela sutileza do cerne.

Apólogo nas mentes funcionais
Decreto soberbo dos irracionais
É boa imprecação em todas as formas.

Sem acatamento diante da alusão
Dona de si perante comunhão
Jamais dará ouvidos às normas.

André Anlub

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Da reforma protestante ao movimento pentecostal


Texto: Joseclei Nunes (@JosecleiNunes)


No dia 31 de outubro, o mundo protestante comemora mais um no da famosa reforma protestante. Muitos tempos antes desde o tempo da criação da igreja católica aconteceram alguns movimentos que não aceitavam o poder da igreja católica e do próprio Papa. Mas desde quando Lutero colocou as 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, protestou contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica, houve muitas divisões dentro de mundo protestante, onde hoje, como por exemplo no Brasil, temos o movimento pentecostal e neo pentecostal onde mais cresce.

Tudo se inicia basicamente com a pré reforma que tem suas origens em uma denominação cristã do século XII conhecida como Valdenses, que era formada pelos seguidores de Pedro Valdo, um comerciante de Lyon que se converteu ao Cristianismo por volta de 1174. Ele decidiu encomendar uma tradução da Bíblia para a linguagem popular e começou a pregá-la ao povo sem ser sacerdote. Ao mesmo tempo, renunciou à sua atividade e aos bens, que repartiu entre os pobres. Desde o início, os valdenses afirmavam o direito de cada fiel de ter a Bíblia em sua própria língua, considerando ser a fonte de toda autoridade eclesiástica. Eles reuniam-se em casas de famílias ou mesmo em grutas, clandestinamente, devido à perseguição da Igreja Católica Romana, já que negavam a supremacia de Roma e rejeitavam o culto às imagens, que consideravam como sendo idolatria.

Apesar de acontecer a reforma protestante, muitos daquela época continuaram com algumas práticas da igreja católica como a inquisição protestante, a guerra dos trinta anos, o anti-semitismo, as brigas recentementes na Irlanda do Norte e no Brasil, a famosa Bancada Evangélica e a perseguições as religiões Espiritualistas e o movimento GLBT.

Com a reforma, houve retorno às Escrituras Sagradas  e, portanto, ao Cristianismo primitivo e apostólico -, entendemos que esse movimento, na prática, dividiu os cristãos ocidentais em Católicos e Protestantes que aconteceu até os meados do século XX não havia uma terceira opção para o Cristão. Até chegar ao movimento pentecostal, houve se muitas mortes, intrigas e algumas separações.

Após de da reforma protestante com Lutero, o protestantismo começou a difundir por toda parte da Europa com o João Calvino e os Calvinistas, A Dinamarca passou a ser protestante com o reinado de Cristiano III que com sua soberania se estendeu na Noruega e Suécia, onde na Noruega, soldados Luteranos demoliram algumas igrejas católicas e bispos foram expulsos. A reforma também chegou a países como Finlândia e Hungria que se difundiu através de diretrizes étnicas e na França com os Huguenotes, onde depois houve vários massacres, e muitos dizem que foi talvez o estopim de ideologias como o iluminismo e o próprio deísmo.

Com passar do tempo, a reforma protestante havia dividido a Europa em duas partes. Os estados católicos e os estados protestantes onde a divisão percorria o próprio Sacro Império Romano: a maior parte dos Estados alemãs setentrionais tornou-se luterana ou calvinistas, enquanto os meridionais continuaram com Roma.

Nesse período houve a guerra dos trinta anos e o crescimento do protestantismo, houve também a famosa inquisição protestante que apesar quantidade de registros literários dos próprios protestantes é vasta, porém, estranhamente ocultada pelos livros escolares, pela imprensa e mídia em geral. Muitas vezes vemos o que é omitido pelo lado protestante sendo por esses veículos, atribuídos maldosamente à Igreja Católica.
- O próprio Lutero nos legou o relato dessa prática, anos antes de lançar-se em revolta aberta, dizia: “(...) os hereges não são bem acolhidos se não pintam a Igreja como má, falsa e mentirosa. Só eles querem passar por bons: a Igreja há de figurar como ruim em tudo.” (Franca, Leonel, S.J. A Igreja, a reforma e a civilização, Ed. Agir, 1952, 6ª ed. Pág. 200).

Logo a mentira, a omissão e o falso testemunho se tornaram a coluna da doutrina dos pseudos “reformadores” protestantes.

A crueldade foi especialmente severa na Alemanha protestante. As posições de Lutero, contra os anabatistas, causaram a morte de pelo menos 30.000 camponeses.

Calvino, pai dos presbiterianos, mandou queimar o espanhol Miguel Servet Grizar, médico descobridor da circulação sanguínea. Acusado de heresia, Servet foi preso e julgado em Lyon, na França. Conseguiu evadir-se da prisão e quando se dirigia para a Itália, através da Suíça, foi novamente preso em Genebra, julgado e condenado a morrer na fogueira, por decisão de um tribunal eclesiástico sob direção do próprio Calvino. A sentença foi cumprida em Champel, nas proximidades de Genebra, no dia 27 de outubro de 1553. Puseram-lhe na cabeça uma coroa de juncos impregnada de enxofre e foi queimado vivo em fogo lento com requintes de sadismo e crueldade.

Se os protestantes do passado nenhum valor davam a essas muitíssimas vidas ceifadas no fogo, muito menos valor dão os protestantes de hoje, que por ignorância, orgulho ou omissão, se escusam de um simples pedido de perdão, para não ter que admitir as iniqüidades que falaciosamente atribuem aos outros.
Sem falar que os reformadores brigavam entre si...

Lutero disse: “Ecolampaio, Calvino e outros hereges semelhantes possuem demônios sobre demônios, têm corações corrompidos e bocas mentirosas”. Por ocasião da morte de Zwínglio, afirmou: “Que bom que Zwínglio morreu em campo de batalha! A que classe de triunfo e a que bem Deus conduziu os seus negócios!”, e também: “Zwínglio está morto e condenado por ser ladrão, rebelde e levar outros a seguir os seus erros”.

Zwínglio também atacava Lutero: “O demônio apoderou-se de Lutero de tal modo que até nos faz crer que o possui por completo. Quando é visto entre os seus seguidores, parece realmente que uma legião o possui”.
Acerca da Reforma, disse Rousseau: “A Reforma foi intolerante desde o seu berço e os seus autores são contados entre os grandes repressores da Humanidade”. Em sua obra “Filosofia Positiva”, escreveu: “A intolerância do Protestantismo certamente não foi menor do que a do Catolicismo e, com certeza, mais reprovável”.

Talvez essa entre os próprios reformadores, tenha causado uma divisão no mundo protestante que posteriormente surgiu os movimentos pentecostais e neo pentecostais.

Toda história surge de uma outra história. Muitos lideres de igrejas pentecostais vieram de igrejas protestante tradicionais. Igrejas como Luterana, Calvinista, Presbiteriana, Metodista e batistas, onde são as mais antigas.
O pentecostalismo está dentro de um gênero de manifestação religiosa que chamamos de entusiasmo religioso. Entusiasmo vem de “en” (prefixo que significa dentro) e “Theos”, que é Deus, e significa Deus dentro, sendo uma palavra de origem religiosa. E as manifestações entusiásticas ou carismáticas, como também são chamadas, têm ocorrido no cristianismo desde seus primórdios. A primeira que se conhece na história da igreja foi o movimento montanista, na segunda metade do segundo século, mais ou menos por volta do ano 170. Esse movimento ocorreu na Ásia menor, atual Turquia, numa região chamada Frigia, e o fundador foi o profeta cristão Montano, que se considerava o porta-voz do Espírito Santo, e anunciou para breve o fim do mundo. Ele era acompanhado por duas profetisas: Maximila e Priscila. Era um movimento tipicamente carismático, apelando para novas revelações, relativizando o valor da igreja, dos bispos e da própria Bíblia. Mas, depois, ao longo do tempo, da Idade Média, houve muitos movimentos desse tipo, movimentos pequenos, que acabavam sendo objeto de forte repressão por parte da igreja oficial, e não duraram muito tempo. Com certeza, depois da Reforma Protestante, multiplicaram-se essas manifestações entusiásticas, principalmente em conexão com avivamentos. O pentecostalismo tem uma genealogia. É filho de um movimento, surgido nos Estados Unidos, chamado Holiness, ou santidade; este, por sua vez, é filho do metodismo, que é filho do anglicanismo. Essa seria a genealogia do movimento pentecostal.
O surgimento do chamado pentecostalismo moderno – porque houve algumas manifestações do tipo pentecostal em outros séculos da história da Igreja - surgiu nos primeiros anos do século XX, exatamente a partir de 1901, em diferentes pontos dos EUA. Houve uma primeira manifestação no estado do Kansas, na cidade de Topeka, mas o que deu realmente notoriedade e fama para o movimento pentecostal inicial e o que começou a torná-lo um movimento internacional foi o famoso Avivamento da Rua Azusa , em Los Angeles, em 1906. Esse episódio se deu sob a liderança de um pastor negro chamado William Seymour . Como tinham pessoas de muitas etnias e nacionalidades participando deste avivamento da Rua Azusa, isso contribuiu para a rápida difusão do movimento, não só nos Estados Unidos, mas em outros países. Tanto é que, quatro anos depois, o pentecostalismo chegou no Brasil. No entanto, dentro de pouco tempo, houve outra cidade dos Estados Unidos que se tornou um grande centro do movimento pentecostal: Chicago.

Aqui, no Brasil, o movimento começou em 1910, com a Igreja Congregação Cristã no Brasil, através de um pregador chamado Luigi Francescon , o pioneiro pentecostal no Brasil. No ano seguinte, em 1911, chegou o segundo grupo, Assembleia de Deus. Francescon baseou suas atividades em São Paulo, e a Assembleia de Deus, em Belém do Pará. Daniel Berg  e Gunnar Vingren , dois missionários suecos que tinham sido batistas e depois se tornaram pentecostais, foram os fundadores da Assembleia de Deus no Brasil. Isso significa que essas duas igrejas agora estão completando seu centenário. Segundo Paul Freston , um sociólogo muito conhecido nos meios evangélicos e um grande estudioso do protestantismo brasileiro, há três ondas, três períodos de implantação do pentecostalismo no Brasil. A primeira onda é representada por essas duas igrejas antigas. A segunda onda é dos anos 40 e 50, quando o pentecostalismo se tornou mais urbano, e surgiram igrejas como a do Evangelho Quadrangular , a Igreja Pentecostal o Brasil para Cristo  e, um pouco depois, a Igreja Deus é amor . E a partir dos anos 70, a terceira onda, que é o neopentecostalismo, começou com a Igreja Universal do Reino de Deus, de Edir Macedo , que foi fundada em 1977, no Rio de Janeiro. Outras dessa onda são a Igreja Internacional da Graça de Deus e a Igreja Mundial do Poder de Deus ; inclusive os nomes são muito parecidos.

O advento do Pentecostalismo é algo tão grande quanto a Reforma Protestante. Em termos de importância e grandeza, podemos dizer: o movimento Pentecostal é exatamente do mesmo tamanho da Reforma Protestante. Por conta desse tamanho, não pode ser incluído como um subtópico ou conseqüência da Reforma. Não caberia; é muito grande para isso.  Assim como a Reforma Protestante está para o Catolicismo, o Pentecostalismo está para a Reforma Protestante. O Pentecostalismo é um movimento completamente novo, no sentido de ser completamente outro. Verdadeiramente uma nova Reforma Religiosa, que os historiadores, num futuro distante, possivelmente, chamarão de “a Reforma Pentecostal”.  A primeira Reforma, a do século XVI, distanciou o cristianismo do Catolicismo Romano, a segunda, a Pentecostal, no século XX, promoveu essa reaproximação, em diversas frentes, como demonstraremos.  A Reforma Pentecostal é, de fato, um movimento que trouxe para o cristão ocidental uma terceira opção, antes inexistente. Agora o Cristão ocidental, pode ser:

 a) Católico Romano;
 b)  Protestante;
 c)   Pentecostal.

Cabe aqui também uma breve abordagem sobre o neopentecostalismo. Antes de qualquer coisa, precisamos entender que o neopentecostalismo não possui, à semelhança da Reforma Protestante e da Reforma Pentecostal,  status de Reforma Religiosa. Ele é, antes, um subtópico do Pentecostalismo. Ele cabe perfeitamente dentro do Pentecostalismo. Ou seja, todas as igrejas neopentecostais continuam sendo, em última análise, igrejas Pentecostais, diferindo apenas no  grau de variação das práticas e premissas  pentecostais, cujo cordão umbilical e DNA, entretanto, poderão, facilmente, ser encontrados na Rua Azuza – local onde, historicamente, se reconhece o marco zero do Pentecostalismo, aqui  entendido como uma “a nova Reforma Religiosa”. Portanto, é um grande erro histórico classificar igrejas como Renascer, Universal, Mundial do Poder de Deus, Internacional da Graça de Deus, Sara Nossa Terra e todas as outras “novas igrejas” que seguem essa mesma linha, de igrejas Protestantes.  Elas não têm absolutamente nada a ver com a Reforma Protestante. São fruto, responsabilidade e culpa única e exclusivamente da  Reforma Pentecostal do Século XX.

O pentecostalismo produziu transformações gigantescas no protestantismo brasileiro. Até o surgimento do pentecostalismo, o protestantismo era composto pelas chamadas igrejas tradicionais ou históricas da Reforma. A partir do pentecostalismo, houve uma mudança radical, primeiro um crescimento exponencial do protestantismo brasileiro por causa do crescimento pentecostal, e depois os pentecostalistas introduziram, no protestantismo brasileiro, inclusive nas igrejas históricas em maior ou menor grau, uma série de crenças e práticas que hoje influenciam bastante principalmente o chamado evangelicalismo brasileiro. As pregações ao ar livre, os cultos evangelistas com apelos fortemente emocionais, um novo estilo de música, as manifestações físicas, com pessoas levantando as mãos e batendo palmas, dizendo glória, aleluia etc., tudo isso é herança do movimento pentecostal. No que diz respeito ao neopentecostalismo, essa explosão imensa representada por igrejas gigantescas, como a Igreja Universal do Reino de Deus e sua nova teologia, diferente do pentecostalismo tradicional, que é a Teologia da Prosperidade, trouxe todo um conjunto novo de valores e práticas que os pentecostais e os protestantes desconheciam até então. No protestantismo tradicional sempre houve uma extrema valorização da vida espiritual, das realidades transcendentais em contraste com as realidades do mundo material, que era considerado de menor importância para o crente. O neopentecostalismo defende que não tem problema em aceitar esse mundo, de querer ser rico e importante, porque isso é bênção de Deus.

O legado do pentecostalismo é misto. Ele trouxe contribuições valiosas, mas também trouxe elementos extremamente problemáticos e preocupantes para o protestantismo brasileiro, por exemplo, o personalismo, o culto da personalidade através desses líderes, que são quase que idolatrados por muitas igrejas e que fazem questão de criar entre seus fiéis uma profunda veneração por eles. A riqueza e o sucesso são apontados como provas da fidelidade a Deus e das benções de Deus sobre a vida das pessoas, criando uma espiritualidade individualista, egocêntrica, onde a pessoa só busca seus projetos e objetivos pessoais, deixando de lado os interesses da comunidade.

Era assim que pensavam os reformadores. É assim que pensam os Reformados até hoje.  Agora, perguntamos: É assim que pensam os Pentecostais?

A busca frenética pelo reconhecimento pessoal no meio Pentecostal é algo gritante. Muitos jovens se martirizam psicologicamente para ter “o dom de línguas estranhas”, por exemplo. Com que objetivo? Edificar a igreja? Absolutamente. Com o fim de serem reconhecidos como “homens e mulheres de Deus”. Isso, em última instância redunda em glória pessoal e particular, além de render cargos. Cargos que inclusive possuem natureza hierárquica, o que possibilita uma nova ponte à idéia de clero do Catolicismo Romano, passando pelo “cargo” de presbítero, evangelista e evoluindo aos diversos tipos de pastores, numa escalada gradual, sendo o posterior superior ao imediatamente anterior. 

De todo esse estado de “glorificação velada do homem”, característica peculiar do humanismo - principal influenciador do Pentecostalismo, decorre a variação encontrada nas igrejas neopentecostais: a figura do Apóstolo, que pressupõe um grau extremamente alto e superior em relação aos demais líderes da igreja. Só não se sabe onde essa escala hierárquica de poder eclesiástico vai parar.

Há também a glorificação dos “profetas” e “profetisas” que não possuem, necessariamente, um cargo, muito embora seja o objetivo de muitos deles. Esses são “eleitos” pelo próprio povo para receberem a glória do reconhecimento. Esses têm uma oração mais poderosa que os demais. Com esses, dizem seus admiradores, Deus fala coisas profundas e misteriosas. Uma das principais frases de Malafaia, por exemplo, para trazer alguma espécie de “maldição” aos seus oponentes é “sou profeta de Deus”. Isso requer para si uma espécie de contato direto com Deus, o que lhe confere um poder extremamente grande.

Diante disso, podemos afirmar: o pressuposto Pentecostal que contrasta com o “Soli Deo Glória” é: Deus seja glorificado, mas também o “homem e a mulher de Deus".

Esse pressuposto Pentecostal pode até estar correto e o da Reforma Protestante errado. Mais uma coisa é certa: são completamente diferentes. Além disso, são auto-excludentes. Não há possibilidade de conciliação entre eles.

Agora decida: o Pentecostalismo tem algo a ver com a Reforma Protestante? Os pressupostos do Pentecostalismo são convergentes ou divergentes em relação ao pressupostos da Reforma Protestante do século XVI?

Desde a reforma protestante onde Lutero não concordava com o poder da igreja católica, das indulgencias que ela colocava até os tempos de hoje, o movimento protestante mudou muito. Desde pensamentos e idéias diferentes, como a de Jhon Wesley e o metodismo, que de sua divisão veio o metodismo wesleyano. Dos anabatistas aos batistas para batistas reformados.

Lutero, mesmo como todo seu anti-semitismo como no livro sobre judeus e suas mentiras, que talvez tenha inspirado Adolf Hitler a fazer o que fez com os judeus, já que esse livro não foi traduzido para o português, mas Hitler o admirava e talvez tenha lido o livro como inspiração, como diz Dawkins, mas mesmo assim Lutero, foi um exemplo de coragem, numa época, onde criticar a igreja católica era fogueira, ele lutou, traduziu a bíblia do latim para o alemão, de sua coragem, passaram-se épocas como o renascimento, iluminismo e entre outros. Ele usou a forma mais simples de se entender o evangelho e chegar a Deus, diferente do movimento pentecostal que hoje usa sua doutrina para demonizar, enriquecer e pelo jeito que anda, trazer de volta aquela forma de condenar, como um dia foi a igreja católica, onde Lutero tanto condenou...


Fontes:
Livro Negro do Cristianismo
Wikipédia
Filosofia Calvinista