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sábado, 19 de março de 2011

CÁ MINHA HUMANIDADE


CÁ MINHA HUMANIDADE

Já entendi-Senhor Deus de todos os credos-
Que meus medos
Não sobrevivem à Razão.
Talvez, por isto,
Eis aqui um pagão
Papeando convosco.

Já entendi a insubserviência do gosto,
E o desgosto de ser tão teimoso.
Mas... me explique o que fazer
Para me suportar!

Umas vezes acordo querendo mar,
E em outras vou dormir
Odiando a humanidade...
Falta-me -por acaso-
Alguma sanidade
(ou humildade) 
De tal modo
Que possa eu caminhar
Mudo?

E meu mundo?
Mudo
Ou não?

Deixa pra lá...
Uma hora tudo isso deve passar,
E, talvez eu entenda algo melhor.
Na pior das hipóteses
Papeio com minha avó,
E morrerei de rir
De tudo que ela sempre me contou.
No fim de tudo, um café quente,
Uns bolinhos,
A cama quente
E duas doses de Prozac.

Talvez mais alguns capítulos deste almanaque
Que, hoje,
Não sei bem porque
Resolvi desfolhar
De
Novo.