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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Propaganda eleitoral e a importância do marketing político


Texto: Joseclei Nunes (Razão & Cultura)



Estamos chegando em mais um período de eleições municipais, com isso, muito do eleitorado ainda não decidiu em quem votar. Com a dúvida de muitos eleitores, os candidatos começam desde cedo a conquistar o eleitorado e ganhar um voto importante no mês de outubro.

Após a liberação dos tribunais regionais, muitos candidatos começam a maratona de campanhas para conquistar os votos dos indecisos.


Quando se fala em campanha eleitoral, começamos a lembra em placas, folhetos, jornais e informativos, que em sua maioria, deixa nossas ruas sujas devido a essas campanhas, sem falar das músicas repetitivas que incomodam nossos ouvidos.



Com decorrer de cada eleição, alguns candidatos começaram a utilizar a propaganda de uma outra forma e com o crescimento da era digital, muitos passaram a usas suas campanhas utilizando essas ferramentas. Mas o que podemos achar do marketing político dos tempos antigos para os tempos de hoje?



Até a década de 60, vigorava entre os especialistas em eleição a idéia de que as campanhas eram dominadas pelos candidatos que oferecessem ao eleitor perspectivas de futuro de maior impacto – ou seja: vencia quem apresentasse as melhores propostas. Essa crença consagrou uma fórmula até hoje muito utilizada por políticos brasileiros, para os quais, para ganhar um mandato, basta contratar um bom marqueteiro, encomendar uma dúzia de pesquisas de opinião e, com base nelas, elaborar um rol de promessas que seduzirá o eleitor. O cientista político americano V.O. Key foi o primeiro a perceber que as coisas não funcionavam bem assim. A partir da análise de resultados de pesquisas eleitorais, ele demonstrou que a escolha do eleitor se dava muito mais em função da sua avaliação das realizações do governo em curso, especialmente na área econômica, do que com base em promessas de mudanças no futuro. Ou seja, a lógica do voto é fundamentalmente a mesma em países com realidades diversas. O que muda é o grau de imediatismo do eleitorado. "Quanto mais básicas são as necessidades do eleitor, mais pragmático é o seu voto", diz o cientista político David Fleischer, da Universidade de Brasília.



Muitos dos políticos ainda batem nas mesmas promessas como segurança, educação e saúde. Promessas que a cada mandato não é cumprido em parte. Outros utilizam sua história política para ganhar votos, um exemplo de candidatos da nova geração como Lindinberg, Molon, Freixo e antigos como Gabeira, Chico Alencar.



De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos, Carlos Manhanelli, as campanhas de marketing político bem-sucedidas de Lula e da atual presidente Dilma Rousseff também deram uma “vitrine” maior ao marketing político brasileiro no exterior. Porém, o consultor afirma que a consagração desses especialistas vem acontecendo há anos. “Não acredito que tenha sido uma consequência apenas das campanhas do Lula e da Dilma. Isso já acontecia. Muito antes, fizemos consultorias políticas para a Argentina e o Paraguai. A campanha do Paulo Maluf, por exemplo, foi um “case” que analisaram no mundo todo. Mas, claro, que a Dilma também chamou atenção. As pessoas se perguntavam: “Como uma ex-guerrilheira se torna presidente de um país?”, afirma.



O marketing político hoje é muito importante para ganhar votos e eleitores futuros, mas o que vem crescendo e vem enchendo os olhos de muitos é o marketing político digital.



Com o crescimento das redes sociais, a militância cresceu junto, pois muitos dos candidatos usam os militantes para ganhar mais simpatizantes e obter votos. Uma questão foi nas eleições para prefeito do Rio de janeiro em 2008, onde Fernando Gabeira cresceu a cada momento nas intenções de votos, com essa militância, sem nenhum custo, conseguiu chegar ao segundo tempo e por diferenças míninas de votos, não ganhou a eleição.



Essa militância, que em boa parte é jovem, vem acrescentando no marketing político do candidato, onde não tem autos custos para bancar campanhas milionárias, mas com a ajuda de seus militantes, que vão as ruas, faz aparecer o nome do candidato e a curiosidade de saber a sua luta, um exemplo de Marina Silva, que veio do Acre e com sua defesa ao meio ambiente, abocanhou milhões de votos, que gerou o segundo turno entre Serra e Dilma.



Uma militância preparada e treinada trará resultados positivos ao candidato, sai mais barata em ter qualidade e não quantidade, na conquista do voto.Os cabos eleitorais, como se chamavam no passado, são pessoas que fazem parte de um grupo que leva ao candidato esses nomes, na tentativa de mostrar sua liderança. Em Roraima, é habitual esse trabalho, onde muitas pessoas afirmam que são os bons na abordagem de voto. 



Uma militância preparada e um bom marketing, a campanha passa ser importante na era digital. Um exemplo é Marcelo Freixo, candidato a prefeito do Rio. Sem milhões para campanha, coligações e patrocínios, ele denominou sua campanha como “primavera carioca”, onde usam as redes sócias como facebook e twitter, sites como Repolitica, para alavancar sua campanha e conseguir alcançar a primeira batalha que é chegar o segundo turno.



O marketing político digital vem com as mudanças provocadas pela internet foi o nivelamento das pessoas em termos de tecnologia. As ferramentas para criação de campanhas de marketing político digital estão a disposição de todos os participantes, do candidato mais humilde ao mais abastardo. Em nosso curso de marketing político digital, mostramos que a diferença está na estratégia adotada e no correto uso dessas ferramentas. O planejamento e execução das ações desempenhará um papel fundamental no sucesso dessas campanhas. Não se trata simplesmente de criar perfis em redes sociais e blogs. Trata-se de gerir de forma profissionais esses recursos e mediar o resultado de cada ação. Trata-se de ter um verdadeiro plano de marketing político digital.Não é possível ter sucesso em uma campanha de marketing político eleitoral digital simplesmente reproduzindo na Internet o conteúdo das campanhas no meio físico. Marketing político digital é uma coisa bem diferente.



Há de se imaginar a dificuldade para os candidatos de primeira viagem ou mesmo os que pretendem se reeleger, já que no dia a dia por mais acesso que temos a tecnologia, ainda assim muitas vezes parece coisa de jovens trocando mensagens inconsequentes ou uma comunicação mais rápida para as empresas no dia a dia.



Saber o que se passa na cabeça do eleitor sempre foi um desafio, que dirá na cabeça dos internautas?



Para conquistar o tão sonhado voto, não é bem simples o uso do marketing. É preciso muita estratégia, uma militância qualificada, projetos que possa ser cumprida caso se eleja e com isso para ser um bom inicio para o candidato. Uso do marketing político não se resume e horários eleitorais, carros de sons, folhetos ou até mesmo comícios, é preciso ser inteligente, mostrar as falhas da nossa cidade, do nosso bairro, cumprir com suas organizações ao ser eleito, para que no futuro, ganhe mais simpatizantes, cresça a sua militância e quem sabe buscar vôos mais altos.

O Marketing político hoje é sim muito importante para os tempos de hoje, basta pensar e alcançar o sucesso. Será que ainda é possível nos tempos de hoje falar sobre política e usando as redes sociais? Pense nisso...