RECUSO-ME
Seca o ventre
Da relva rasa
Abre o vulto
Suja o rosto
De banalidade flácida
Hoje sou Sylvia Plath
Conter a peste
Da mente presa
Cega o passo
Do cuspe vago
Logo empurra o êmbolo
Hoje sou Ana Cristina César
Fresta fria
Na frente do olho
Rompe o micróbio
Fuga reta
Valido sintoma próximo
Hoje sou Torquato Neto
Rege a febre
Acusa o vírus
No colo velho
Cobre o muro
De gaze etérea e tóxica
Hoje sou Walter Benjamim
O calo na fossa
Passa lento
Engole o caso
E o crime surdo
De melancolia última
Hoje sou Virginia Woolf
Por acaso
ROBSON
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