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sábado, 28 de setembro de 2013

Ao amor livre


Ao amor livre

São muitas as trajetórias do amor,
notórias escolhas, erradas ou certas,
o sentimento que navega em diversas veredas,
em caravelas sem rumo, nos mares inóspitos,
sob o fogo e as flechas.
Há a calmaria do coração silencioso,
inimaginável adaptação da estrada,
por onde, em sonhos, andamos felizes,
cantando e admirando a natureza.
Também há aquele amor que irrita
e fica na mira dos dedos apontados,
dos velhos julgamentos,
das incontestáveis indelicadezas
e umbigos gigantes...
A inveja que beira o pérfido,
a repugnância e a avareza.
Mas de nada adianta
pois é sobre o amor que se fala,
e em decorrência dele vivemos.
Eis a paixão palhaço,
em que coloca-se alegre o nariz vermelho,
armando o circo no leito e apertando o peito, 
de jeito - suando as mãos... 
Livres dos “nãos” e dos preconceitos.

André Anlub®

sábado, 14 de setembro de 2013

JORNAL DELFOS IMPRESSO Nº 13 ANO 7


JORNAL DELFOS VERSÃO IMPRESSA Nº 13, ANO 7

Nesse ano não deu certo imprimir o Jornal Delfos. O Jeito é lançar o Delfos Impresso on-line mesmo.

O bom disso é que quem não tem como ter acesso a ele fora sites e blogs saberá como é na forma impressa.

Jornal Delfos: Arte, História e Jornalismo 
Ano 7, edição nº 13 

O Jornal Delfos é o 1º Jornal Universitário de Pacoti-CE, criado por Cristiano Viana Silveira e pelo Historiador Aroldo Filho (os dois presidentes iguais). 

Sempre foi distribuído gratuitamente em Pacoti e em várias outras cidades só que com tiragens bem pequenas até agora, mas o blog do Jornal Delfos já passou muito de 200 mil acessos visto em mais de 60 países. 

Obrigado a todos os leitores, contribuintes, seguidores, e parceiros do Jornal Delfos. 

Aroldo Historiador de Pacoti

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Caixa Preta (André Anlub®)



Caixa preta

Saboreio cada gesto como se fosse o último,
tento adivinhar o manifesto do seu pensamento,
como se fosse o primeiro, como se fosse justo.
Nada é em vão.

A sua corrente quente me ajuda a nadar,
fico mais confortável e feliz.
Aquela força resistente me diz:
Atravesse o oceano e me beija.

Pelejas amigas, cantigas antigas,
caem bem, são bem recebidas.
Paixões passadas, cicatrizes fechadas,
caem bem, na caixa preta trancada.

Pela manhã molho o rosto e constato minha sorte,
perdi há tempos a necessidade de encenar.
A barba branca, o cabelo ralo
e da vivência o faro aguçado
- o voo mais acertado.

Limpo a poeira da caixa,
às vezes passo um verniz,
mas não abro.

O nosso presente já é tudo que me chega,
me cega e me cerca, fazendo coerente o amor.
Já não acolho vozes externas, demagogias,
orgias de picuinhas, não mais.

Enfim você chegou,
está ardendo àquela prometida fogueira,
com panos - papéis inúteis,
quilos de baboseiras...
E a velha caixa queimou.

André Anlub®
(9/9/13)

domingo, 1 de setembro de 2013

E divagando vai indo o domingo...


Devaneios desvalidos

Os meus sonhos são bucólicos pleonasmos,
São os estágios dos amores em nuances.
Nas andanças são os passos nas estradas,
Nas errâncias são meus corpos que levantam.

Minha quimera é mais real do que desejo,
Um realejo que impregna meus ouvidos.
O mais ácido que se finge sutileza
É a beleza camuflada de inimigo.

Quando acordo para a atroz realidade
E a saudade quer saltar forte do meu peito:
Faço um corte com a navalha da vontade...
Te procuro - me entrego - te desejo.

E, enfim, nua nos meus braços, delirante,
Dou-te o mel, e o mais belo diamante,
Dou-te a vida, dignidade, dou-te tudo...
Submerso - submisso - submundo.

André Anlub®