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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Sempre vivo


Sempre vivo

Precisamos de dias mais longos,
cheios de ar, aves;
árvores por todos os cantos,
cantos açucarando os pesares,

Afagando aos ouvidos.

Ouvi dos sinceros seus sins,
som de detalhes.
De talhes simplórios,
corpos notórios, 
felicidade e gemidos.

Precisamos de larga boca
e nada oca a mente.
Mente aquele que no medo,
em segredo,
no paladar do azedo, 
expõe que não ama
e não segue passo à frente.

Por aqui, por ali,
o sol nasceu mais vivo,
vi você de repente,
menos breve e arredio
arrepender-se contente.

André Anlub® 
(4/11/13)

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Tapete vermelho do amor


Tapete vermelho do amor

Saiu a lista dos apaixonados do ano
nem sicrano, nem fulano
meu nome estava lá.
Foi magia
em primeiro lugar, quem diria.
- mas por favor, não vão me alugar...

Já era de praxe
peguei pesado no sentimento
amei além da imaginação.
Não teve um sequer momento
que eu não tenha acertado na mão.

fiz o bê-á-bá certinho
o arroz com feijão.
Rezei conforme a cartilha
e para não perder-me na trilha
segui cada pedaço de pão.

Comecei como homem de lata
levei na lata, fiquei em frangalho.
Nunca levei jeito pra espantalho
sobrou muita coragem pro leão.

Por causa da inspiração
deixei de me acabrunhar num fosso.
Tornei-me de cerne, carne e osso
e fiz da poesia oração.

André Anlub®
(22/5/13)

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Falando de arte


Da Arte

Primeiro marquei meu horizonte
em um traço negro em declínio
deixo a inspiração fazer domínio
depois me embriago na fonte.

Pintores são fantoches e fetiches
sobem em nuvens ou caem em piches
respiram a mercê de sua cria
são puros profetas à revelia.

Tudo podem e nada é temível
nem mesmo perderem o dom
sabem o quão infinito é o tom.

Seus corações de loucos palpitam
e no cerne que eles habitam
saem às cores do anseio invisível.

André Anlub®

sábado, 28 de setembro de 2013

Ao amor livre


Ao amor livre

São muitas as trajetórias do amor,
notórias escolhas, erradas ou certas,
o sentimento que navega em diversas veredas,
em caravelas sem rumo, nos mares inóspitos,
sob o fogo e as flechas.
Há a calmaria do coração silencioso,
inimaginável adaptação da estrada,
por onde, em sonhos, andamos felizes,
cantando e admirando a natureza.
Também há aquele amor que irrita
e fica na mira dos dedos apontados,
dos velhos julgamentos,
das incontestáveis indelicadezas
e umbigos gigantes...
A inveja que beira o pérfido,
a repugnância e a avareza.
Mas de nada adianta
pois é sobre o amor que se fala,
e em decorrência dele vivemos.
Eis a paixão palhaço,
em que coloca-se alegre o nariz vermelho,
armando o circo no leito e apertando o peito, 
de jeito - suando as mãos... 
Livres dos “nãos” e dos preconceitos.

André Anlub®

sábado, 14 de setembro de 2013

JORNAL DELFOS IMPRESSO Nº 13 ANO 7


JORNAL DELFOS VERSÃO IMPRESSA Nº 13, ANO 7

Nesse ano não deu certo imprimir o Jornal Delfos. O Jeito é lançar o Delfos Impresso on-line mesmo.

O bom disso é que quem não tem como ter acesso a ele fora sites e blogs saberá como é na forma impressa.

Jornal Delfos: Arte, História e Jornalismo 
Ano 7, edição nº 13 

O Jornal Delfos é o 1º Jornal Universitário de Pacoti-CE, criado por Cristiano Viana Silveira e pelo Historiador Aroldo Filho (os dois presidentes iguais). 

Sempre foi distribuído gratuitamente em Pacoti e em várias outras cidades só que com tiragens bem pequenas até agora, mas o blog do Jornal Delfos já passou muito de 200 mil acessos visto em mais de 60 países. 

Obrigado a todos os leitores, contribuintes, seguidores, e parceiros do Jornal Delfos. 

Aroldo Historiador de Pacoti

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Caixa Preta (André Anlub®)



Caixa preta

Saboreio cada gesto como se fosse o último,
tento adivinhar o manifesto do seu pensamento,
como se fosse o primeiro, como se fosse justo.
Nada é em vão.

A sua corrente quente me ajuda a nadar,
fico mais confortável e feliz.
Aquela força resistente me diz:
Atravesse o oceano e me beija.

Pelejas amigas, cantigas antigas,
caem bem, são bem recebidas.
Paixões passadas, cicatrizes fechadas,
caem bem, na caixa preta trancada.

Pela manhã molho o rosto e constato minha sorte,
perdi há tempos a necessidade de encenar.
A barba branca, o cabelo ralo
e da vivência o faro aguçado
- o voo mais acertado.

Limpo a poeira da caixa,
às vezes passo um verniz,
mas não abro.

O nosso presente já é tudo que me chega,
me cega e me cerca, fazendo coerente o amor.
Já não acolho vozes externas, demagogias,
orgias de picuinhas, não mais.

Enfim você chegou,
está ardendo àquela prometida fogueira,
com panos - papéis inúteis,
quilos de baboseiras...
E a velha caixa queimou.

André Anlub®
(9/9/13)

domingo, 1 de setembro de 2013

E divagando vai indo o domingo...


Devaneios desvalidos

Os meus sonhos são bucólicos pleonasmos,
São os estágios dos amores em nuances.
Nas andanças são os passos nas estradas,
Nas errâncias são meus corpos que levantam.

Minha quimera é mais real do que desejo,
Um realejo que impregna meus ouvidos.
O mais ácido que se finge sutileza
É a beleza camuflada de inimigo.

Quando acordo para a atroz realidade
E a saudade quer saltar forte do meu peito:
Faço um corte com a navalha da vontade...
Te procuro - me entrego - te desejo.

E, enfim, nua nos meus braços, delirante,
Dou-te o mel, e o mais belo diamante,
Dou-te a vida, dignidade, dou-te tudo...
Submerso - submisso - submundo.

André Anlub®

sábado, 10 de agosto de 2013

Dois escritos pra sábado (André Anlub®)


Dama de fé

É dama de fé famélica,
vive o amor como um Deus.
Suas ações são suas vozes,
são seus céus, versos e véus.

É dama que simplesmente faz,
jamais quis fazer parecer.
Silencia e desmascara os atrozes
que respondem com vis falações.

Pros falsos profetas macabros,
ela sorri com suas benevolências,
pois são profetas de mero vocábulo
que voa sem asa nem rumo
e pousa na injúria de castos,
no deserto das aparências.

André Anlub®

Verto os versos na vértebra da poesia
até vê-la envergar ao máximo.
Faço do meu jeito.
Mergulho
entrego-me 
sonho.
Os olhos se encharcam
a emoção fica ao avesso.
Faço o meu leito.

André Anlub®

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O CAMINHO DO UNIVERSO- O INÍCIO

 *Algum tempo atrás, eu prometi para a pessoa mais especial da minha vida que iria contar de uma forma poética a história de um universo que caminha em busca de sua musa inspiradora. De fato, tais palavras não poderiam ser proferidas sem a devida inspiração, e também de fato, ela no meu íntimo é a perfeita musa inspiradora. Então, gostaria de dedicar este texto poético a ela colocando a primeira parte.

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O caminho do universo – O início


Diriam os deuses que se o universo pudesse escolher, escolheria todo o caminho em pétalas de rosa. Seria a grama de um verde que lembrasse os olhos delas, e o azul do céu tudo que habita no oceano dos seus olhos.


Mas, em um mar de possibilidades só haveria uma de caminhar. E o caminho não seria o mais tênue e leve, seria movido pela paixão, desejo e amor de estar presente na presença dela, ser redundante o suficiente para amá-la o dobro, corajoso o suficiente para entregar bilhões de anos de sua existência em busca dela, a sua musa inspiradora, e paciente o suficiente para começar tudo de novo.

Então! Deixou-se levar pelo fio que habita a eternidade, pelo horizonte que puxa toda a existência e digno de sentir todo o absoluto.


Sua respiração inicial era intensa, explosiva e silenciosa, um equívoco a razão, um paradoxo para a linguagem e uma ausência de tempo e espaço. Era ali, naquele ponto disforme, sobre olhares sobrenaturais que o universo dava o seu primeiro movimento, não haveria choro, ou qualquer tipo de dor, apenas o sentimento de viajante, aventureiro, capitão, senhor dos mares, dominador de leões.


E quem poderia acalmar todo seu esplendor? Era luz, pura luz, e um determinado e singular amor, e assim seria por um instante, um breve instante de todo o tempo, uma singularidade e tudo aquilo que a ciência não pode enxergar.


Sentia-se conectado, adjacente, emaranhado. Todos os lugares no mesmo lugar, todos os sentimentos em um só, e tudo de sua desejada em si. Pura sintonia em sinfonia. Tudo que seria era tudo o que era naquele exato momento, todo o movimento que precede a busca pelo fim. Toda conjuntura existencial que se definia na figura de sua amada. De todas as ruas, de todas as brechas, aberturas, portas, caminhos, rachas ou fendas, seria aquele que escolherá: amá-la incondicionalmente e de uma forma intrinsecamente imprevisível.


O que traria com a imprevisibilidade seria tudo que está no âmago do seu ser, na falta de palavras, beija-flor na orla marítima, o toque do sol sobre o horizonte, desde a dança fúnebre de uma estrela que engole seus conterrâneos em um ato de abraço, até mesmo aquilo que tudo engoli em um ato infinito e enigmático, se era pesadelo dos deuses, tomou a permissão dos mesmos; se era um ralo cósmico primordial desejava estar lado a lado de sua amada em um momento que lacerava do tempo que habitava em si toda a duração. Queria intenso, e quem não quer? Queria absoluto, e quem não almeja? E queria de uma vez por todas todo o amor que rasga a alma.


Seria abraço, o aperto no coração. Seria o que precede o gozo, o puro orgasmo. Seria a flor desabrochando, à distância diminuindo, a ponte que conecta. Seria de uma vez por todas, dimensão, extensão, tempo, espaço. Caminho.


Naquele momento diriam os deuses mais uma vez que seu primeiro passo era a soma de toda a sua presunção, era o conjunto ordenado, o relojoeiro. O primeiro passo era o simples passo que dava início a uma longa caminhada. O simples passo que possibilita o fim, a busca pela finalidade, o risco, a ousadia de mais uma vez estar de mãos dadas com ela, à praia sobre o sol bronzeante, o cristo redentor, a lembrança de Zeus, a desejada Grécia.


Autor: Jonathas Pereira Souza 

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Barba Branca (André Anlub®)


Barba branca 
(para alguns vou falar Grego)

Minha barba está ficando branca
aumentam as rugas de concupiscência
estranho é não dar importância
curioso seria a ausência.

Relembrando épocas advindas
imerso em um déjà vu
caindo de uma cama beliche
ou dentro um moletom azul.

Em praias todo o pôr do sol
no rol das maiores alegrias
com a imaginação, mar e areia
e a amizade que faz da vida magia.

Lembro-me de tempos atrás
das pistas de corrida de tampinhas
eram ladeiras íngremes
túneis e voos surreais.

Peteleco era o motor dos “carrinhos”
às vezes discos voadores
ao lado um castelo de enfeite
com portas de palitos de sorvete.

Nas areias quentes
no mar, absorto
entre um mergulho e outro
combinava-se o jogo.

Fugindo um pouco dos versos...

Indo aos gols feitos de chinelos
futebol corriqueiro
jogando um bobinho
duplas de praia ou altinho.

Tinham os cachorros sedentos
alguns à milanesa
visando a dançante bolinha
do frescobol ofegante
na agradável maresia.

Passavam os biscoitos Globo
com mate Leão e limão
espetos de camarão
e a fumaça ascendendo ao topo.

E quando ressacas surgiam
traziam os surfistas de peito
com suas plateias cativas
que visualizavam as ondas
e sinalizavam em trejeitos.

Não vejo mais a barba branca
nem as importunas rugas.
A idade que alavanca
fez-me dar fim ao espelho.

André Anlub®
(23/03/13)

sábado, 25 de maio de 2013

A final da Champions e a força do futebol alemão


Texto: Joseclei Nunes (Facebook) (Twitter) (Blog)


O futebol alemão é o único da atualidade que evolui a passos largos. Herança paciente de uma Copa do Mundo realizada com sucesso e que poderia muito bem servir de exemplo para o Brasil.

A final dessa temporada é o exemplo de um futebol estruturado. Após a copa de 2006, a seleção alemã foi vice da Eurocopa de 2008, semifinalista da copa de 2010 e da Euro de 2012.

A força do futebol alemão cresceu após crises de dois dos principais clubes. Bayern de Munique e Borússia Dortmund, finalistas da Champions league e 8 titulares da seleção.

Sucesso em curto prazo e estilo atraente no Borússia

Após os títulos da Liga e do mundial em 1997, o Borússia queria fazer bonito e bater de frente com clubes como Milan e Real Madrid e a diretoria passou a investir em grandes jogadores, um exemplo do Amoroso, onde o clube investiu em 25 milhões de Euros por sua contratação além de investimento no mercado de ações e com isso vieram as crises, como bloqueios em contas, perda de jogadores, do estádio e o quase rebaixamento.

O início da reestruturação do time começou com a vinda do diretor executivo Hans-Joachim Watzke. Apoiado na filosofia de que um clube de futebol deve ser visto como uma empresa, ele logo contratou a consultoria alemã Roland Berger para atuar em quatro vertentes: o estratégico, o financeiro, a gestão e a eficiência operacional.

Além dele, outro grande nome foi o jovem técnico Jürgen Klopp, vindo do modesto Mainz 05, clube da segunda divisão do futebol alemão. Com a vinda dele, Klopp investiu em jovens jogadores Lewandowski, Hummels, Schmelzer e Kagawa. Onde  time começou a jogar um futebol de muita energia, pressionando ferozmente o adversário na marcação, e usando muita velocidade para contra-atacar quando roubava a bola. Para a equipe ficar completa, veio em 2010 à promoção de uma promessa da base: Mario Götze.

O crescimento da equipe se acelerou. Com Götze, Kagawa e o turco Nuri Sahin comandando as ações no meio-campo, o ex-time de desconhecidos do Dortmund foi campeão alemão em 2010/11. No ano seguinte, já sem Sahin e Kagawa, bicampeão, quebrando o recorde de pontos da competição (81). De quebra, veio a "dobradinha" com a conquista da Copa da Alemanha sobre o já arquirrival Bayern de Munique.

Com isso o Borússia, voltou a recuperar seu futebol, utilizando o bom e barato, voltaram se os títulos, com isso, passou a possuir a maior média de publico e a votou a competir na Champions. São meros motivos para credenciar o clube na final da liga.

Bayern de Munique: Despedidas, reformulação do elenco e a volta a elite européia.

Pro Bayern retornar o seu futebol e voltar a ser uma das maiores potências europeias.
Após a vitória da Copa da Alemanha em 2008 e a eliminação na semifinal pelo Zenit na liga europa, o clube bávaro passou por modificações em seu elenco, como despedidas de muitos jogadores que fizeram parte da história. Jogadores como do mítico arqueiro Oliver Kahn e seu multicampeão treinador Ottmar Hitzfeld, que regressou a Bayern como diretor técnico com a consigna de conseguir a Copa da Alemanha, Bundesliga e fazer uma boa campanha na Copa da UEFA com uma plantilla renovada de contratações, formar uma equipa que este à altura é os objetivos do clube de cara ao futuro.

Com a saída do Hitzfeld, o Bayen trouxe o técnico  Louis Van Gaal, o clube sofreu uma reformulação em seu elenco, dispensando jogadores mais experientes como Zé Roberto, Luca Toni e Lúcio, e contratando uma safra mais jovem e com perspectivas futuras altas. Os resultados foram imediatos. Liderados pelo atacante holandês Arjen Robben, a equipe conquistou os dois torneios nacionais com méritos. A empolgação chegou até na final da Liga dos Campeões da Europa, que foi contida com um vice-campeonato europeu depois da derrota na final para a Internazionale de Milão.

Após a perca do título para a Inter, o clube voltou a investir. Contratou o goleiro Neur e o lateral Rafinha, apostou na juventude como Muller e dois anos seguintes voltou a disputar mais uma final até perder para o Chelsea.

O Bayern hoje é uma das maiores forças da Europa, chegou em mais uma final, anunciou o Guardiola como técnico para a próxima temporada, que substituirá o Jupp Heynckes, que vai se aposentar. Também contratou o Gotze, maior revelação do futebol alemão.

Agora esperar se esse novo plantel será positivo para o clube bávaro

A força do futebol alemão

A evolução demoliu estereótipos, como o do futebol baseado exclusivamente na força. "Às vezes nós também temos dificuldades para explicar como na Alemanha passou de um futebol horrível ao futebol que está jogando agora", disse o diretor da revista "11 Freunde", Philipp Köstner.

Ex-craque do Real Madrid e da seleção argentina, Jorge Valdano disse uma vez que era desagradável ver jogar um time alemão, mas que era ainda mais desagradável enfrentá-los. Com certeza, a segunda parte da afirmação segue verdadeira. A primeira, no entanto, ficou no passado e sábado, a decisão da Liga dos Campeões deve ser mais um exemplo desse novo "futebol-arte" germânico.

Com a final entre Bayen e Borussia mostra que o futebol alemão esta entre os melhores do mundo. Nove dos titulares da seleção, jogam na bundesliga, os clubes estão investido na base, diferente da Itália, que sempre busca jogadores em outros países e do Brasil, que não mantem dentro do País.

Não posso dizer que Alemanha ganhará a copa, mas tudo indica que será uma das grandes favoritas e o exemplo de gestão, de permanência de técnicos, jogadores e o investimento da base, faz da Alemanha ser uma das maiores potencias do futebol, como na seleção e como nos clubes.

Joseclei é Assistente de imigração, fundador da União Brasileira dos deístas, apaixonado por política, carnaval, futebol e formula 1. Escritor dos blogs Jornal Delfos, Visão de esquerda e Escolas de Samba RJ/SP.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Tapete vermelho do amor


Saiu a lista dos apaixonados do ano
nem sicrano, nem fulano
meu nome estava lá
foi magia
em primeiro lugar
quem diria
mas, por favor, não vão me alugar...

Já era de praxe
peguei pesado no sentimento
amei além da imaginação
não teve um sequer momento
que eu não tenha acertado na mão.

fiz o bê-á-bá certinho
o arroz com feijão.
Rezei conforme a cartilha
e para não perder-me na trilha
segui cada pedaço de pão.

Comecei como homem de lata
levei na lata, fiquei em frangalho.
Nunca levei jeito pra espantalho
sobrou muita coragem pro leão.

Por causa da inspiração
deixei de me acabrunhar num fosso
tornei-me de cerne, carne e osso
e fiz da poesia oração.

André Anlub®
(22/5/13)

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Tentando parar de amar e pensar mais em mim


Texto: Joseclei Nunes (Facebook) (Twitter) (Blog)


Dificilmente, uso meu blog para falar sobre esse assunto, mas inspirado em alguns blogs, vou utiliza-lo usando textos pequenos, mas não deixarei de escrever os meus artigos.

Quando falo que quero parar de amor, quero citar um momento que estou passando recentemente da minha vida.

Há menos de um ano, terminei um namoro de quatro anos. Um namoro problemático que gerou muito estresse e infelizmente tive que terminar, mesmo gostando dela.
Tentando esquecer, comecei a me dedicar ao carnaval e me ingressei a família Unidos de Bangu, que voltou ao carnaval depois de 15 anos afastada e com isso ganhei novos amigos e novos objetivos em minha vida.

Mas a vida sempre tem uma surpresa e então conheci outra pessoa, onde ficamos alguns meses, estava voltando a ser feliz, mas infelizmente, não foi pra frete, pois tínhamos sonhos e objetivos diferentes, coisas do destino.

Confesso que é chato ter que dormir e acordar todo dia sozinho, sem ninguém pra falar bom dia e boa noite, mas são coisas, onde tenho que aprender com o tempo.

Apesar de tentar me relacionar e me envolver com outras pessoas, não consigo nem passar de um “oi”, pois minha aparência não é das melhores e por mais que eu tente mudar minha vestimenta, emagrecer ou até tentando ser romântico novamente, isso não surtiu efeito e continuou parando no oi. Fazer o que se as pessoas te julgam pela capa.

Essa e outras coisas me fez desistir de amar, de buscar alguém e vou começar investir naquele que vai me ajudar no futuro. Tenho um cavaquinho para aprender, milhares de livros para ler, dois idiomas (inglês e espanhol) pra ontem, me aprimorar profissionalmente, uma faculdade para iniciar e quem sabe, um novo partido pra me filiar e talvez vindo como candidato no ano que vem.

Não vou usar meu blog para falar de amor e nem quero. Vou continuar com as minhas criticas contra o governo, falar sobre meu amor ao carnaval, a minha Portela e a Unidos de Bangu, e claro, os interesses daqueles que usam o maior espetáculo da terra para se promover. Não deixarei de falar do deísmo e da divulgação da União Brasileira dos Deístas, onde sou um dos fundadores. Também não vou deixar de falar dos problemas do Rio, da política e vou começar a falar de futebol e formula 1.

Então está mais que na hora de esquecer o amor e investir naquilo que me faz bem, mas se um dia for conhecer alguém e enfim de certo, irei abraçar com carinho e amor, mas agora, vou pensar em mim.

Joseclei é Assistente de imigração, fundador da União Brasileira dos deístas, apaixonado por política, carnaval, futebol e formula 1. Escritor dos blogs Jornal Delfos, Visão de esquerda e Escolas de Samba RJ/SP.

domingo, 12 de maio de 2013

Boa domingueira poética




Mamma

Ao som de Bohemian Rhapsody
poderia ouvir um mundo de dor
mãe, é tamanho o teu amor
consolas, aqueces, em puro afago.

Tirando-me do coração amargo
depositando em um zen zelo, tua força.
Viajo entre narcisos amarelos
jardins de sorrisos e ardor.

Pegue-me novamente em teus braços
assim eu volto a ser tua criança
voltando essa grande aliança
reconstituindo todos os pedaços.

Em suma, o carinho que não finda
és, por ti, sempre bem-vindo.
Pousa delirante em meu peito
faz-me, quase sem jeito, tua vida.

André Anlub®

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Anjo sedento


Sedento cupido chegou
e nas costas carrega
mágicas flechas de ardor.

Arco de osso de brontossauro
corda de tripa de triceraptor
flechas feitas de costelas
de homens que semeavam amor.

São lançadas aos desígnios
voam ultrapassando cometas
seguem as luzes das estrelas
e aos corações as carícias.

Fartas águas brotam límpidas
em nascentes de rios.

Abriga, na paixão periga
amparo, advindo da alquimia
já para, alvejado o amor.

Saciado, o cupido se engasga nas gargalhadas.
Deleita-se na verdade da entrega alheia
em seguida lamenta, aos prantos, devora-se
grita, ajuíza e tonteia.

Inflama seu próximo armamento
derrama seu secreto tormento
de punho bem cerrado
o arco e a flecha tomados na mão
aponta para o próprio peito.

André Anlub®
(15/04/13)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Rodoviários e as consequências da dupla função


Texto: Joseclei Nunes (Blog) (Facebook) (Twitter)

Há menos de um mês, a cidade do Rio de Janeiro passou por um dia de tensão devido à greve dos rodoviários, mas tudo acabou sendo em vão.

É inegável comentar sobre a dupla função. De um lado os motoristas estressados e freqüentemente sem treinamento adequado. Do outro lado, uma legião de passageiros submetida a viagens desconfortáveis, muitas vezes perigosas, e horas de engarrafamento. Acrescente a isso a ineficiência da fiscalização no transporte público. O resultado dessa equação faz com que circular de ônibus no Rio seja um sofrimento diário que, não raramente, termina em tragédia, como aconteceu na terça-feira retrasada. Sete pessoas morreram e 11 ficaram feridas.

A reivindicação é mais que justa. Muitas cidades do Brasil já estão acabando com essa dupla função. Mas aqui no Rio é diferente, pois há um interesse público e privado.

Se não fosse o fim trágico desse acidente, seria apenas mais um nas estatísticas do governo. Foram registrados nos últimos quatro anos, uma média de dois acidentes com vítimas por semana envolvendo ônibus. Em 2011, houve o registro de 126 casos; em 2012 foram 84. No ano passado, a ouvidoria da Secretaria municipal de Transportes recebeu 28.294 reclamações sobre os ônibus. Entre as queixas mais freqüentes estão falta de humanidade por parte do motorista e comprometimento à integridade dos passageiros. Especialistas já apontaram o estresse dos motoristas como uma causa freqüente de acidentes. No caso do veículo da semana passada, o motorista também exercia a função de cobrador.

Mesmo sabendo dessas tragédias, o governo ainda mantém a dupla função. Em 2008, o projeto de lei nº50/2007 criada pelo deputado Paulo Ramos (PDT-RJ) pretendia acabar com a dupla função. O projeto foi aprovado, porém acabou indo para a gaveta do presidente da câmara que pertence ao PMDB.

O projeto de lei de junho de 2008: Pelo Regimento Interno da casa, este projeto deveria entrar na pauta para a segunda discussão 48h após a primeira aprovação, mas até hoje, quase quatro anos depois, não foi incluído na Ordem do Dia por Paulo Melo. Para Ramos, está claro que o lobby das empresas de ônibus, representadas Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), impede a aprovação:

"É a força que têm as empresas. Quem é que tem poder para fazer um projeto importante como esse não tramitar? Só pode ser a Fetranspor", acusa.

Com aval da prefeitura e do governo do estado do Rio de Janeiro, estas empresas, a fim de ampliarem seus lucros, criaram a dupla função. Além de dirigir, os motoristas são obrigados a receber dinheiro e dar o troco enquanto dirigem. Eles se desconcentram do trabalho principal, a direção, e acabam tendo problemas com passageiros por conta de eventuais erros na hora de repassar dinheiro.

Esse acúmulo de funções tem como resultado diversos acidentes, atrasos no embarque que conseqüentemente tornam o trânsito pior, viagens mais incômodas, longas, estressantes e arriscadas tanto para o motorista quanto para os passageiros. Afinal, se não podemos usar telefone celular enquanto dirigimos, não faz sentido que os motoristas de ônibus possam trocar dinheiro.

O interesse é grande para muitos e os problemas continuam, viram estatísticas e no final ninguém faz nada. A culpa sempre acaba caindo em cima dos mais fracos, como aconteceu no acidente da linha 328, onde mesmo sabendo que o veículo estava fazendo suas viagens de forma irregular, com multas, o motorista, e não na empresa, foi culpado. Sem contar que as empresas de ônibus só querem saber de aumentar as passagens e não fazem prevenção dos coletivos, além de aumentarem a carga horária dos trabalhadores rodoviários, que estressados repassam suas frustrações para nós, passageiros!

Diferente do Rio, muitas cidades já terminaram com a dupla função. O que nos resta é esperar que com esse fim trágico, nossos parlamentares pressionem o governo e a prefeitura para acabar com esse descaso, onde um motorista que já trabalha quase 18 horas diária acaba enfrentando essa dupla função. Isso só trás péssimas conseqüências a todos nós passageiros e aos rodoviários.  Agora aguardar os próximos capítulos e torcer pelo fim dessa função.

sábado, 30 de março de 2013

VENHA, MEU PEQUENO



Autor:
Título: Venha meu pequeno. 

A fúria indomável,
tomava conta daquela alma,
que vagava de forma inexplicável,
vivia a chorar, 
mas neste momento as lágrimas se tornaram sangue,
derramou-se o cálice, 
eles estavam mortos...

Todos os dias se perguntava por que, 
mas todas as noites vivia sem razão,
a esperança se renovou com a ultima lágrima no chão,
ela dizia para mim sobre as coisas,
e eu pensava sobre os princípios,
era diferente, 
era imortal, 
era amor mais do que material.

Venha comigo, 
eu gostaria de te mostrar de que são feitas as metas,
a mídia mais que perversa,
venha vou te mostrar,
por que as crianças não tem sonhos de verdade,
vou lhe guiar,
a verdade se mostrará hoje,
por que são raras pessoas loucas, 
a razão da doutrinação. 

Venha meu pequeno, 
deixe-me te mostrar o por que nossos sonhos são chulos,
nossas razões refutadas,
e nossas religiões profanadas, 
o dinheiro,
a moeda, 
o ouro que fez de todos os cidadãos pedaços de madeira,
nos pegaram em uma antiga brincadeira,
chamada dominação.