Blecaute no Inferno
Que as almas de inocentes no nosso mundo sejam quimeras de estimação, que seja a ultima das canções sombrias das bestas aladas, que quanto mais desfrutamos das dores e do tormento, que eles sejam eternos, que a força de continuar pecaminoso nesse mundo frio esteja em rios de sangue, que o sangue de outros vermes irás degustar e saborear em vosso paladar, que a fome rasque nossas barrigas para nós tornarmos seres bizarros e violentos contras nós mesmo, que não merecemos morrer mais poderemos desfrutar tudo aquilo que nossa especie de seres sinistros nos ofereça.
Que a essência desse fruto seja enraizada no coração de vossa Leide, que o néctar do medo em que vivemos possa lhe dar prazer,
que a esperança dos tolos sirva de riso e motivo de gozação, que a grama seja tão negra quanto as dores de uma morte sufocante e lenta.
Cortaremos as línguas dos que falam e os dedos dos que escrevem, mataremos o amor e sua amante, a esperança, proclamaremos colapso entre as espécie e assim viveremos nosso último dia daquilo que nos ensinaram a ignorar.
LUCAS PACKER