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ESCOLA SEM CENSURA

ESCOLA SEM CENSURA

Escola sem pensamento crítico crítico não é escola, fora Escola Sem Partido! Leia o artigo de Aroldo Historiador contra o projeto Escola Sem Partido: https://escrevalolaescreva.blogspot.com/2019/04/falta-pouco-para-o-escola-sem-partido.html?fbclid=IwAR3uDXv50nVnqfJe---WgDn-Gn7aydiVBfbnKce8IYDmCkL7fHY2_LYUMpk

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segunda-feira, 23 de abril de 2012

VERSO VIVO



O temido verso da procela
Invade a alma, se agiganta
Sobe com fúria à garganta
E o meu corpo inteiro gela.

Velha sensação tão conhecida
Às vésperas já senti no peito a lança
Do hemisfério fúnebre das lembranças
Voltando aos poucos esvaecidas.

Torrão amargo, sinto-lhe o gosto
E na boca o bolo cresce
Insuportável e logo desce
Junto co'a taça do desgosto.

Veneno sutil, ineficaz
Erva importada de aromáticos brotos
De um mundo insólito, ignoto
Finge que é bom, mas bem não traz.

Verso terrível, verso da procela
Vivo! E o meu peito já quase morto
Respira ainda cheirando o mosto
Que a minha alma tanto anela.

Verso cruel dos mais sutis
Sempre a cavar notáveis poços
Até encontrar meus frios ossos
De frio tremendo. E ainda ris!?


Te imagino ainda tão formidável
As tuas linhas, o teu esboço
Adorno rico para o meu pescoço
Mas aperta à forca, inexorável.

Janete Roen