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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

SE AO MORRER EU CHORAR


SE AO MORRER EU CHORAR

Se ao morrer eu chorar
É choro de despedida
Ninguém precisa é orar
Cumpri meu ciclo de vida

Não é um choro de medo
De padecer no inferno
Pois aprendi desde cedo
Não há sofrimento eterno

Morrem comigo lembranças
Juntas na minha memória
Morrem também esperanças
Mas fica a minha história

Pois vivo deixo o ideal
Da liberdade da mente
E uma esperança real
Em forma de uma semente

De um mundo sem mentira
Sem medo e sem ilusão
Onde tenha fim a ira
E onde brote a razão

Onde se busque a verdade
Onde viceje a virtude
Onde a ética e a lealdade
Seja comum atitude

Onde se use a emoção
E todo nobre sentimento
Onde em todo coração
Se ponha fim ao tormento

Gerado por quem tem poder
E que cultua a avareza
Mas que não pode esconder
A sua humana pobreza

De desprezível egoísmo
De vã superioridade
De descarado cinismo
De pura mediocridade

Que hoje é admirado
E amanhã não mais será
Pois quem é ora enganado
Toda a verdade verá

E assim na humanidade
A nova aurora nascerá
E em paz com fraternidade
O novo mundo crescerá

LUCIANO S.F.