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terça-feira, 4 de dezembro de 2012
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
LADRÃO DE ALMAS
Ladrão de almas
Tire de mim o que sou,
faça de mim tua alma,
busque meu ser, meu som,
mas enquanto puder respirar,
terei sempre o que restou,
serei vivo e serei louco.
Me normalize,
porém nunca lhe direi que desisti.
Falsas palavras não condizem ao meu pensar,
serei sempre pensamento a lutar livre.
Digo:
Tua ideia de revolução,
tua farsa, essa mentira,
tua força é ilusão.
Não me peça por ajuda,
pois ainda estou lúcido.
Faça de mim algo que é teu,
mas não me terás realmente.
Oh, sociedade demente...
Não enxergas em teu fim tamanho breu?
Agora me refiro a ti, ladrão de almas,
nunca contei contigo pra existir,
mesmo eu sendo tão comum...
Passei por minhas dores,
tu conheces nada delas.
Ainda assim, diferente de mim,
tu precisas de quem cativas...
Enquanto somos indivíduos que se amam,
tu não retribui aos grupos que te adoram.
Oh, ladrão de almas...
És mais escravo do que aqueles que te seguem.
Eu posso viver com o que sou,
podes dizer o mesmo de si?
Somos irmãos, mas tu me ordenas.
Somos grãos em grande mar de areia.
Eu não pretendo te dizer o que fazer,
não pretendo liderar, ganhar, nem mesmo falar...
Embora esteja em nossa natureza,
minhas frases fiz à mim,
os que as ouvem às sintonizaram,
mas os que não captam o sinal,
esses estão certos de suas próprias formas.
Já você pretende trocar sinais por grandes cabos,
ou deveria dizer, correntes e cordas...
Eu não vou mudar o rádio de ninguém!
Existem os que me ouvem, existem os que passam a ouvir,
mas eu não obrigarei aqueles que não conhecem e não querem conhecer.
Somos todos livres a buscar algum saber...
Já você, ladrão de almas, por não nos reconhecer,
deseja a vitória por meio da enganação.
Certos seres desejam só sabedoria,
outros, poder sobre a maioria.
Não te quero, não te apoio,
até que me entenda,
tua alma é tão pequena,
oh... Ladrão de almas.
O Rei Poeta
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
ODE A SOPHIA
Ode a Sophia
I
Tão pequena pétala de rosa
Há de brilhar algum dia
No calabouço da ignorância
Quebrando correntes e grilhões
Saindo ao sol feito rainha
Dançando desnuda
Como fora concebida
Entre homens e fantasmas
Eternamente
II
Mas enquanto estás em cárcere
Divido contigo tua pena
E preso na escuridão te enxergo em partes
Escravo de minhas próprias limitações
Recito textos antigos para te acordar
Meditando nossa distância
Em meu coração
Eternamente
III
Extenuado por gritos alheios
Da multidão que não te entende
Acusam-me de bruxo
Por tua companhia
Mas me nego a te abandonar
Deixo a fogueira do mundo me queimar
Eternamente
IV
Do meu desejo faço tuas roupas
Quando deveria te ter nua em meu leito
De minhas lágrimas faço teu caminho
Caminho inútil dado o tamanho de nossa prisão
E de mim mesmo faço a água e pão
Que mata minha cede e fome
Mesmo sabendo eu que
Tu deverias me alimentar
Eternamente
Rogerio Murdoc, 7 de novembro de 2012.
terça-feira, 30 de outubro de 2012
BLECAUTE NO INFERNO
Blecaute no Inferno
Que as almas de inocentes no nosso mundo sejam quimeras de estimação, que seja a ultima das canções sombrias das bestas aladas, que quanto mais desfrutamos das dores e do tormento, que eles sejam eternos, que a força de continuar pecaminoso nesse mundo frio esteja em rios de sangue, que o sangue de outros vermes irás degustar e saborear em vosso paladar, que a fome rasque nossas barrigas para nós tornarmos seres bizarros e violentos contras nós mesmo, que não merecemos morrer mais poderemos desfrutar tudo aquilo que nossa especie de seres sinistros nos ofereça.
Que a essência desse fruto seja enraizada no coração de vossa Leide, que o néctar do medo em que vivemos possa lhe dar prazer,
que a esperança dos tolos sirva de riso e motivo de gozação, que a grama seja tão negra quanto as dores de uma morte sufocante e lenta.
Cortaremos as línguas dos que falam e os dedos dos que escrevem, mataremos o amor e sua amante, a esperança, proclamaremos colapso entre as espécie e assim viveremos nosso último dia daquilo que nos ensinaram a ignorar.
LUCAS PACKER
SEM TÍTULO
Meus olhos duvidavam do que viam,
com meu vocabulário eu mal descrevia,
era lindo e ao mesmo tempo aterrorizante,
eu não imaginava perceber aquele sentimento dançante,
e não esperava que depois daquilo tudo você se tornasse alguém tão
distante...
Eu poderia pedir perdão,
chegar a redenção,
dançar sobre as sombras da equivocação,
eu não quero sua pena,
quero sua marca,
não a sua lembrança.
Vamos deixar o orgulho nos carregar,
os insetos nos devorar,
a casa se superlotar,
por almas perdidas que por ti não podem lutar.
Você deixou o anel de prata cair de seus dedos,
por mero anseio,
por simples desespero,
você vai deixar em fim o orgulho nos dominar?
LUCAS ÁVILA
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
A DOENÇA
A DOENÇA
É essa mesma doença que causa uma enfermidade incurável.
Capaz de matar qualquer homem saudável.
A esperança se transforma em descrença.
E essa descrença é a mesma que alimenta a incurável doença.
Eu irei venerar-te quando tu te confundires com o pó da terra.
Falarei aos ares essas minhas palavras incertas.
Porque, a descrença que age dentro de mim,
Enfraquece ao te ver sorrir.
Nina Rodrigues
sábado, 20 de outubro de 2012
ENTREVISTA COM CECÍLIA PIRES
ENTREVISTA COM CECÍLIA PIRES
Cecília:
_Oi. Deixa eu te contar: o procurador do município daqui de Guaramiranga me colocou pra fora da sala só porque exerci minha cidadania. E olha que sou concursada, fiscal de tributos. Não me aceita dentro da sala onde fico trabalhando. A pressão tá grande.
Votei na oposição. Mas eles não entendem a escolha que fiz. Ele me desmoralizou, mas gravei tudo. Já passei para um advogado e também para o repórter Nelson Faena.
Depois de me entrevistar o repórter foi entrevistar ele. Aí ele quer fazer acordo comigo, o Marcélio. Que eu não leve o caso pra frente não; com isso ele faz um documento me transferindo pra trabalhar no fórum.
Tá doido ele. Já era! Agora vou até o fim. Tenho prova do que ele fez comigo gravações. Disse que se eu não saísse da sala ia ficar me humilhando, fazendo confusão comigo todo dia. Sofri injúria, danos morais, constrangimento, fui caluniada. Disse que tô contagiada com gente do mal. Com gente que mente. Estou sendo discriminada por eles.
Foi assim: Ele queria que eu voltasse a trabalhar só dia 1° de janeiro. Que eu ficasse só batendo ponto e receber o salário como se tivesse trabalhando. Não aceitei.
Pedi um documento assinado com essa autorização, ele recusou-se a dar. Aí, quando ele me viu na sala, me colocou pra fora e disse que não me queria mais ali.
Ateu Poeta:_Pode processar por assédio moral. Tava me lembrando aqui que nunca mais entrevistei ninguém. Sabe que eu tenho um jornalzinho aqui né? Esse: http://jornaldelfos.blogspot.com.br/
Cecília:_Poste nele. Quero ser entrevistada.
Ateu Poeta:_1- Conte mais detalhadamente como tudo começou.
Cecília:_ Na segunda-feira o procurador do município de Guaramiranga veio me fazer uma proposta: para que eu ficasse assinando o ponto e voltar pra casa mas recebendo o salário normal e voltar a trabalhar só dia 1ª de janeiro. Mas eu perguntei porquê.
Ele disse porque eu seria ameaça para eles pois sou adversária política e tudo o que eu ouvisse ou visse iria correndo dizer aos adversários políticos no caso, Roberlândia. Eu disse que aceitaria se ele me desse essa licença por escrito, e ele recusou. Disse que não pode, que o ponto já seria suficiente.
Ateu Poeta:_Justamente ele não pode fazer, porque isso é prova contra ele.
Cecília:_Aí fui na terça concluir algumas coisas, mas ele já tinha mandado outra pessoa fazer. Quarta fui só assinar o ponto e quinta-feira quando ele me viu na sala foi escândalo.
"Veio trabalhar por quê? Não quero você aqui! Eu já disse. Saia da sala! Não quero você aqui porque você é mentirosa! Não confio mais em você! Vocês mentem e fazem confusão demais, vocês do outro lado".
Eu disse que não ia sair. Fiz concurso para estar ali. Fiscal de tributos. Aí ele disse "Se não sair vai aguentar as consequências. Vou lhe humilhar. Colocar você pra fazer muita coisa; se não fizer ponho na sua ficha. Se ficar já sabe, vou fazer confusão com você".
Ateu Poeta: 2-E tudo isso por que você é eleitora do lado oposto?
Cecília:_Exatamente. Se a lei me ampara por que temer?
Ateu Poeta 3:_ Você já denunciou à justiça?
Cecília:_Fiz denúncia ao ministério público na quinta-feira. Já tenho um advogado acompanhando o caso.
Ateu Poeta
19:45
20/10/2012
Entrevista via Facebook
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
LIQUIDIFICADOR DA LOUCURA
Sentia-se flutuando no rubro crepúsculo
Como se houvessem douradas asas
Solto ao vento e o corpo em brasa
Como pluma de uma ave rara, sem rumo.
Amor latente ao peito entregue
De frente à porta da felicidade
O jeito que seu orbe teve de dar-lhe presente
O laço que desenlaça na fantasia da alma.
Brilho agudo da aura que passa célere
De horas que passam em segundos
Em lumes no gelo de um tempo absurdo
Reflexo da cara metade em seu próprio espelho.
Quem seria essa merecedora de intenso amor?
Seria o esplendor da gloria conquistada?
Seria a mais briosa enamorada?
Não, não houve procura
Houve sorte e destino
Houve física e química
No liquidificador da loucura.
André Anlub
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
SEMENTE DA SABEDORIA

Semente da sabedoria
A voz do algoz berra...
Vejam arder à fogueira das iméritas vaidades
Ouçam o grito de dor das nobres madeiras
Falem das belezas das cores nas chamas faceiras
Enganem e embriaguem no verdadeiro motivo.
Mas as sementes estão voando pelas mãos do vento
Ventos fortes e férteis aos quatros cantos
Coloridas, leves e levemente polidas
Buscam o asilo de um solo fértil da mãe terra.
Ao futuro que deve sempre ser o melhor...
Germinam.
Pintam e perfumam o quadro do mundo
Aquarela de esperança e a raiz forte
Divino da beleza que nasce aos olhos
Sem intolerância e sem guerra.
A árvore maior canta...
Em toda vida há o relógio automático
Batidas do coração no tempo e na alma
Mantendo-se em movimento vencerá a batalha
Com sabedoria e com a sagrada terra.
André Anlub
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
DIA NO VÁCUO
Dia no vácuo
Ontem a inspiração não deu as caras
Tornou-se peça muito rara
De um dia chuvoso de março.
Ontem nem sinal de uma ideia
Mesmo com choro e com vela
Com água que encharcou a janela
Respingou nas minhas pálidas folhas.
Ontem mudei na arte o meu foco
Já estava com saudade das bolhas
Nas tintas e em minhas mãos dos cinzéis
Dos pincéis tirei a poeira
E encruei na mente a aquarela.
Hoje na alva das nuvens...
Como bela ave do paraíso
Desceu e mostrou-me em sorriso
Pintou as folhas brancas e telas.
André Anlub
Ontem a inspiração não deu as caras
Tornou-se peça muito rara
De um dia chuvoso de março.
Ontem nem sinal de uma ideia
Mesmo com choro e com vela
Com água que encharcou a janela
Respingou nas minhas pálidas folhas.
Ontem mudei na arte o meu foco
Já estava com saudade das bolhas
Nas tintas e em minhas mãos dos cinzéis
Dos pincéis tirei a poeira
E encruei na mente a aquarela.
Hoje na alva das nuvens...
Como bela ave do paraíso
Desceu e mostrou-me em sorriso
Pintou as folhas brancas e telas.
André Anlub
domingo, 2 de setembro de 2012
Portela e a atual gestão
Texto: Joseclei Nunes (Razão & cultura)
Faltando alguns meses para o carnaval de 2013, as agremiações estão com seus enredos, os sambas estão em andamento para a definição do hino.
Além da Ilha, a Portela foi dada pelos comentaristas um dos melhores enredos para o carnaval de 2013, mas em menos de dois meses tivemos duas baixas: Sharon Meneses e o casal de mestre sala e porta bandeira Rogerinho e Lucinha Nobre.
Não sou a favor de rainhas de bateria fora de sua comunidade, porém a Sharon Menezes era uma simpatia com a comunidade, era presença certa em todos os ensaios técnicos e de rua da agremiação, porém foi deposta por motivo nenhum pelo o nosso presidente.
Já Lucinha Nobre e Rogerinho foram a grande surpresa para toda comunidade portelense. Há tempos que a Portela não tinha um casal nota 10 no carnaval carioca e conseguimos isso no carnaval de 2012, mas a noticia de alguns dias atrás abalou toda a comunidade e todo o mundo do samba.
A dispensa do casal da escola gerou uma enorme insatisfação de toda a sua torcida e gerou até o afastamento de alguns diretores, mas porque da Portela nunca conseguir voltar a conquistar o tão sonhado título do carnaval, mesmo quando o vento vem ao nosso favor?
Desde a chegada da nova gestão, a escola passa por altos e baixos no carnaval carioca desde quando a gestão iniciou em 2004 e de lá ate os tempos de hoje, foram 8 carnavais e voltando apenas 3 aos desfiles das campeãs: 2008, 2009 e 2012.
Entre altos e baixos, já aconteceram coisas como alegoria pegando fogo, a barração da velha guarda do desfile, brigas internas com segmentos da escola e até corte de alas antigas, como a ala dos guanabarinos, uma ala com 50 anos de existência e agora com dispensa com aqueles que suaram para trazer a nossa escola de volta ao topo.
A escola precisa voltar aos tempos de glorias e é preciso ter uma gestão de verdade, pois de que adianta ter o melhor samba, como em 2012 e não investir em barracão. Como pode usar um argumento que precisa renovar a escola e dispensar um dos casais mais renomados do carnaval carioca?
Toda a comunidade portelense merece respeito e uma gestão de verdade, investindo em barracão, no marketing, na raiz da nossa escola, utilizando a imagem de sua velha guarda, da bateria e de outros segmentos além da nossa comunidade. Não queremos xerifes que comandam a punho de ferro, dispensando aqueles que lutam a cada dia por nossa escola.
Então, o que podemos achar onde a Portela chegará em 2013? Um dos melhores enredos, uma safra de sambas bons. A escola estava indo no caminho certo, mas a dispensa da Lucinha e do Rogerinho, colocou novamente uma interrogação para todos nós após essa decisão. Não basta deixar de investir em barracão, tem que dispensar aqueles que nos dariam nota 10. O que podemos acreditar nessa gestão e o que podemos fazer para trazer de volta a nossa escola de volta?
Como diz o trecho da musica Portela sem vaidade “Mas o portelense quer vitória”, precisamos resgatar nossas raízes e a Portela é isso, mesmo ganhando ou perder isso é normal, como o samba de 1991 com o enredo tributo a vaidade. Mas não é normal perder todo ano e agora que a escola vem falar do seu bairro e da sua historia. O nosso presidente precisa respeitar nossa comunidade e enfim, investir de fato na nossa escola, mantendo o elenco que nos deram notas máximas e trazendo aqueles que possam somar e enfim trazer de volta a taça para a comunidade de Oswaldo cruz e Madureira, mas retroceder como ele tem feito é complicado. Agora é acreditar no que ele fazendo possa dar certo, mas espero que invista em barracão ou como já dizia o capitão nascimento: “Pede pra sair”, pois a Portela não precisa de você.
terça-feira, 14 de agosto de 2012
DOS DESAFIOS
Dos Desafios
Sentinelas do mais profundo amor
Vejo pela janela as folhas e pétalas que caem pintando o chão
Formam os tapetes dos amantes
Síntese da emoção de todos os seres vivos.
Já tentei deixar de ser romântico
Ver o mundo em branco e preto
Lavar bem lavado meu despeito
Organizar minha semântica.
Pego a massa e faço o pão
Uso a farinha que vem do trigo
Existe aqui dentro um insano coração
Que se materializou tão somente por você.
Vai dizer que me embriago por não tê-la
Sons antigos na vitrola e deito-me em posição fetal
Estou fraco para o viral e depressões
Forte para construir minhas teias.
Em absoluto desafio... Quero ser chefe dos meus desatinos
Levantando e regressando à caminhada
Vestindo minhas melhores roupas e colocando meus anéis
Fazendo o que sei fazer de melhor...
André Anlub
BIOGRAFIA DE ROSIMAR BRITO

BIOGRAFIA DE ROSIMAR BRITO
Rosimar Brito nasceu no município de
Pacoti- Ceará, aos 23 de dezembro de 1951. 1ª Historiadora de Pacoti e professora aposentada pela rede estadual. Formada em Estudos Sociais (História e Geografia) e especialista em Administração Escolar pela Universidade Estadual Vale do Acaraú. É a 1ª dos
sete filhos do casal Bento Luís de Brito e Maria Rosa do Nascimento Brito, residentes
no mesmo município.
Iniciou
sua vida escolar aos sete anos de idade com a professora Cândida Lopes Nogueira,
conhecida pelos pacotienses como professora Candinha, mas, logo precisou
interromper seu processo de alfabetização para somente aos onze anos voltar a
frequentar os bancos escolares. Depois de estudar durante um ano no antigo
dispensário dos pobres- Externato São José, Entidade Filantrópica dirigida
pelas Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. Transferiu-se para o então
Grupo Escolar, hoje Escola de Ensino Fundamental e Médio Menezes Pimentel,
onde, ininterruptamente, frequentou do 1° ao 3° ano do curso primário.
Aprovada
nos exames de admissão ao ginásio sem cursar a 4ª. Série, matriculou-se no
Ginásio São Luís, mantido nesta cidade pela Campanha Nacional de Educandários
Gratuitos ( CNEG), mais tarde, transformado em Centro Educacional São Luís e
Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (CNEC), respectivamente. Ali,
estudou durante anos, até 1970.
Muito
jovem ainda, começou a dar aulas particulares em sua própria residência,
inclusive para alunos que precisavam de reforço escolar para os temidos exames
de recuperação em 2ª. Época. Antes de concluir o Ginasial, começou a trabalhar
como auxiliar de escrevente do cartório do 1º. Ofício desta cidade, mais ou
menos quatro anos de experiência. Dali saindo, de espontânea vontade, em 30 de
março de 1974, a convite do então vigário, Pe. Kiliano Mitnacht, para prestar
serviço na secretaria de da paróquia local. Antes disso, porém, indicada por
uma ex-professora, passou a ministrar aulas de desenho geométrico, na 7ª. E 8ª.
Séries do Instituto Maria Imaculada; trabalho que lhe garantiu em troca cursar
naquele educandário os três anos de estudos pedagógicos, necessários à
aquisição do diploma de professora primária que lhe foi conferido a 15 de
dezembro de 1973.
No
exercício de suas funções como secretária, nos trabalhos administrativos da
paróquia, teve a feliz oportunidade de participar, na capital cearense, do 8º.
Cursilho Feminino de Cristandade, tornando-se, a partir daquele evento, também,
agente pastoral; vindo a receber, mais tarde, do arcebispo da Arquidiocese de
Fortaleza, através da Coordenadoria dos Movimentos Leigos da Faculdade de
Filosofia, a investidura de Ministra Extraordinária da Eucaristia. Trabalhou como
agente pastoral na catequese, em cursos de preparação para o batismo, 1ª.
Eucaristia, crisma e matrimônio, além de coordenar todos os trabalhos
litúrgicos confiados aos grupos de jovens ou adultos das comunidades, e,
também, da sede. A pedido do vigário, lecionou Religião na Escola Menezes
Pimentel antes, ainda, de ali ser lotada como Professora Estadual.
Em
1975, lecionou Língua Portuguesa no curso de Contabilidade do Centro
Educacional São Luís- CENEC-. Naquele mesmo ano, a 23 de dezembro, casou-se com
José Aroldo Gonzaga Arruda, de cujo enlace matrimonial nasceram seus quatro
filhos: Christian Dárlio (08/04/77), Chrisley Dárcia (25/11/79), Aroldo Dárney
(18/09/82) e Aroldo Filho (01/04/86).
A
30 de março 1976, assumiu exercício efetivo na então Escola de 1° Grau Menezes
Pimentel, por força do contrato de Professora Estadual, com vigência a partir
do primeiro janeiro daquele ano, precisando, por isso, abdicar das aulas
ministradas no curso de contabilidade, citado no parágrafo anterior. Voltou,
porém, a lecionar naquela instituição no período compreendido entre os anos de
1979 a 1981.
Em
1980, frequentou e concluiu, no Ginásio Escola Normal Virgílio Távora, em
Aracoiaba-CE, o 4° Pedagógico- estudos adicionais na área de comunicação e
expressão (Turno Noturno) e, de fevereiro de 1981 a novembro de 1982, voltou a
lecionar Língua Portuguesa e Literatura Infantil no curso Pedagógico do
Instituto Maria Imaculada, em Pacoti.
Em
janeiro de 1987, submeteu-se aos exames para o vestibular do curso parcelado de
Licenciatura Plena em Estudos Sociais, na Universidade Estadual Vale do Acaraú,
conquistando o 1° lugar na lista de aprovados.
Ainda
universitária, durante todo o período, de maio a dezembro de 1991, idealizou e
desenvolveu, sob a coordenação do Departamento de Educação e do Centro Cultural
deste município, através do convênio “Intercâmbio Cultural”, firmado entre a
Universidade Federal do Ceará (UFC), o Centro de Documentação e Pesquisa da
Informação Coletiva (CeIC) e a Prefeitura Municipal de Pacoti, a 1ª. Gincana
Cultural “Coruja Solidária”, da qual participaram ativamente as três principais
escolas da sede ao lado de representativa parcela da sociedade local.
Animadas
pelas ações do Teatro “A saga da Coruja”, criado para trabalhar a principal
mensagem da gincana. As seis equipes inscritas desenvolviam, com impressionante
competência e eficácia, os seus trabalhos de cunho artístico e pedagógico.
Concluída
a sua jornada acadêmica, Rosimar foi apresentada pela 1ª Delegacia Regional de
Educação do Ceará (1ª. DERE) para responder pelas funções do cargo de direção e
assessoramento superior de vice-diretora da Escola de 1º. Grau Menezes
Pimentel, posição que ocupou no desenvolvimento das respectivas tarefas por
três anos.
Ao
mesmo tempo em que respondia pelas funções do cargo acima citado, a convite do
então prefeito municipal Pedro Antônio Brito Filho, foi nomeada para exercer o
cargo de Diretora de Cultura, período em
que idealizou e realizou, juntamente com sua irmã, Fátima Brito, na época,
Secretária de Educação de Pacoti, o 1º. Festival Junino de Pacoti, envolvendo
escolas e outros grupos sociais das comunidades rurais e da sede, na quadra
esportiva do Pólo de Lazer.
Criada
em Pacoti, em 1997, a Secretaria de Cultura, Turismo e Meio Ambiente, Rosimar
foi nomeada para o cargo em Comissão de Diretora do Departamento de Cultura
daquele órgão, ali permanecendo até o final de 2000, tempo em que participou da
realização de diversos eventos culturais, articulou movimentos artísticos e
ações pedagógicas junto à comunidade escolar, além de outras ações voltadas
para a valorização da identidade cultural desta terra.
Em
1999, conclui o Curso de Especialização em Administração Escolar, na fundação
Universidade Estadual Vale do Acaraú, em Sobral-CE.
No
período de 2000 a 2002, ministrou, em Pacoti, a disciplina de Ação Docente
Supervisionada- ADS- do curso de Formação de professores do Ensino Fundamental
em Áreas Específicas (1ª. à 8ª. séries), promovida pela coordenadoria de
Educação Continuada e a Distância- NECAD/ Centro de Educação- CED-, na
Universidade Estadual do Ceará (UECE).
Dentre
muitas outras ações de cunho sociocultural, participou do Projeto da Elaboração
do Livro Didático do Município, por meio da Secretaria da Ação Básica- 8°
Centro Regional de Desenvolvimento da Educação (CREDE 8).- Entretanto, o
desempenho em Pacoti não saiu a contento por razões alheias à sua vontade.
Em
2002, afastou-se da função de professora após o requerimento de aposentadoria
por tempo integral de contribuição, com fundamento no artigo 1°, parágrafo 3°
da Lei 12.780, de 30 de dezembro de 1997.
Amante
do teatro e da poesia, criou, em 2002, um grupo de poetas chamado APAIP (Associação de Poetas e Artistas
Independentes de Pacoti). Produziu vários textos que são sido lidos, cantados
ou representados em diversas ocasiões especiais da história de Pacoti.
Tem
participação, inclusive, em dois livros produzidos em Pacoti: um escrito pela
beletrista Berenice C. Pessoa de Carvalho, conhecida como Irmã Maria Tereza,
autora do Hino de Pacoti. O outro é de Irmã Lúcia Orestes. Ambos os livros são
referentes à memória do Instituto Maria Imaculada.
Tem
sua marca pessoal deixada como voluntária em órgãos públicos de ação social,
bem como em repartições de natureza beneficente; como por exemplo, o Conselho
Municipal de Assistência à Criança e ao Adolescente, e a Associação de Proteção
à Saúde, à Maternidade e à Infância (APAMI), das quais foi secretária por um
longo período.
Em 2004 foi
condecorada pela Câmara Municipal de Pacoti com a Medalha de Mérito Legislativo.
Em 2008, criou a Associação Cultural SEMPRE (Segmento de Estudiosos da
Memória e Patrimônio Regional da Serra de Baturité), da qual é conselheira.
No âmbito dessa entidade, tem desenvolvido o
projeto do livro “Pacoti do meu tempo:
História e Memória”, que é um de seus sonhos mais antigos, em co-autoria com o professor Levi (presidente da SEMPRE) e com o Historiador Aroldo Filho, ambos também criadores da SEMPRE, através da abertura e
organização do seu rico acervo particular, composto de inúmeras pesquisas e
informações sobre episódios locais, fotografias e memórias de velhos.
Em 2001, criou, com Levi e Aroldo Filho, a Lei que deu origem ao 1° primeiro Arquivo Público do Interior do Nordeste, em Pacoti e o projeto da exposição histórica “Pacoti: Uma História em documentos”, aprovado pelo Banco do Nordeste.
Em 2001, criou, com Levi e Aroldo Filho, a Lei que deu origem ao 1° primeiro Arquivo Público do Interior do Nordeste, em Pacoti e o projeto da exposição histórica “Pacoti: Uma História em documentos”, aprovado pelo Banco do Nordeste.
Rosimar Brito é a 1ª Historiadora de Pacoti, poetisa, dramaturga, pesquisadora, educadora, professora. E seu filho mais novo, Aroldo Filho, é o 2° Historiador de Pacoti.
Rosimar Brito & Aroldo Historiador
1ª e 2° Historiadores de Pacoti
Pacoti-Ceará, 2012
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