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ENTREVISTA COM ROSIMAR BRITO
Rosimar Brito é pacotiense, lecionou em todas as principais escolas do município de Pacoti e também na UECE.
ENTREVISTA COM ROSIMAR BRITO
Rosimar Brito é pacotiense, lecionou em todas as principais escolas do município de Pacoti e também na UECE.
Além da carreira de professora formada em Estudos Sociais pela UVA e com especialização em Administração Escolar, exerceu o posto de vice-direção da escola Menezes Pimentel e assumiu a diretoria de cultura, criando, nesse período, o Festival de Quadrilhas Juninas de Pacoti do qual fazia a apresentação.
Hoje, o Festival de Quadrilhas já faz parte da cultura local, sendo um dos principais incentivos do turismo cultural de Pacoti.
Ainda foi criadora da Gincana Cultural “Coruja Solidária”, quando nasceu o “Grupo Coruja”, que reunia membros de todas as equipes para encenar a saga “A coruja e os ratos” da qual Rosimar é autora e interpretou o papel da Coruja.
Na ocasião, houve uma parceria da Prefeitura com a UFC e o CeiC, com o advento do projeto “Intercâmbio Cultural” do professor Tarcísio Santiago, o qual doou uma grande hemeroteca, que, por muitos anos, se estabeleceu como parte integrante do acervo do Teatro Luís Pimenta.
Na época, a ombudsman do jornal “O Povo”, Adísia Sá, fez doação de uma biblioteca, que permanecia na escola Enéas Hortêncio.
Atualmente, Rosimar Brito ajudou a criar a APAIP e a SEMPRE, que é responsável pela implementação do Arquivo Público de Pacoti José Audísio de Sousa, o 1° Arquivo Público do interior do Nordeste.
Vamos à entrevista:
Ateu Poeta: 1°- Por que você decidiu ser professora? O que há de especial no magistério?
Rosimar Brito: -Sou professora por vocação. Desde criança sempre nutri uma admiração muito grande pelo magistério que, para mim, é uma das profissões mais importantes por ajudar a formar a personalidade do cidadão.
AT: 2°- Como foi a experiência de criar uma gincana cultural, um grupo de teatro ama dor, uma associação responsável pela criação de um arquivo público, um grupo de poetas e um festival de quadrilhas em seu município?
RB:- Todos nós temos o dever de lutar por uma sociedade mais justa, participativa e igualitária. Em todas essas iniciativas nada mais fiz do que exercer o meu papel de cidadã, visando a integração de vários setores sociais.
AT:3°- Você foi homenageada com uma medalha de cidadã honorária pela Câmara municipal de Pacoti. Como você se sente sendo uma verdadeira cidadã-honorária?
RB:- A Medalha do Mérito Legislativo que em 2004 me foi conferida pela egrégia Câmara municipal de Pacoti representa o reconhecimento daquela instituição pelo trabalho de cada homenageado no seio da sociedade.
Senti-me muito honrada ao merecê-la e surpresa com tal iniciativa em relação à minha pessoa.
AT:4°- Na época do “Grupo Coruja” o então governador do Estado, Ciro Gomes, conversou com vocês do grupo. Conte-nos como é propor um projeto diretamente ao governador do Estado cara a cara, de igual pra igual?
RB:- O governador do Estado nada mais é do que um representante de uma sociedade.
Para nós da Gincana Coruja Solidária propor a ele, através de um abaixo-assinado, a compra do prédio onde outrora funcionava o Seminário dos Padres Salvatorianos, foi uma iniciativa que se fazia necessária dada a necessidade de se criar espaços adequados à implantação de um campus universitário nesta cidade para atender à demanda da região.
A Universidade Federal do Ceará foi a ponte entre Pacoti e o gabinete do governador Ciro Gomes, através do projeto “Intercâmbio Cultural”.
AT:5°- O Jornal Delfos gostaria que você deixasse uma mensagem de incentivo para aqueles que pretendem lecionar, virar cidadão honorário ou criar propostas que gerem melhorias para o seu município, tanto no aspecto físico quanto no intelectual.
RB:- Apesar da luta constante pela melhoria da qualidade de vida da população, nossa gente continua precisando de incentivo para continuar melhorando. E o profissional da educação é um dos principais instrumentos de transformação dessa realidade que se apresenta cada vez mais caótica.
É preciso acreditar, é necessário investir mais e mais nesse profissional para que ele continue a influir na mudança de paradigma da sociedade.
O município precisa cada vez mais de cidadãos conscientes de seu papel social, e, por isso, é urgente que cada um exerça o seu papel, desempenhando a sua função.
ATEU POETA
Entrevista concedida por meio de questionário na cidade de Pacoti-Ceará em Agosto de 2010.